Corpo de Giovani chegou à cidade da Praia, em Cabo Verde, este domingo. Praticamente um mês após as agressões que estiveram na origem da morte do jovem Luís Giovani não existem ainda informações concretas por parte das autoridades sobre os acontecimentos fatídicos da noite de 21 de dezembro em Bragança.
Na sequência das notícias veiculadas por vários órgãos de comunicação social, a PSP emitiu um comunicado na passada sexta-feira a fim de esclarecer a sua atuação na noite das agressões. Neste comunicado diz que “desde o primeiro momento desenvolveu as diligências necessárias para a investigação dos factos e respetivas circunstâncias, designadamente salvaguardando as imagens dos sistemas de videovigilância e promovendo a recolha de testemunhos.”, ao contrário do que foi difundido no comunicado do bar Lagoa Azul.
Este comunicado levou o pai de Giovani a dar uma entrevista à Contacto em que garante que a PSP de Bragança se recusou a receber a queixa dos outros três amigos agredidos naquela noite, e que ele próprio foi “muito mal recebido pela polícia” quando quis apresentar queixa no dia 27 de dezembro. De acordo com o relato de Rodrigues, pai de Giovani, este só terá sido recebido quando se exaltou e o agente de que o filho estava em coma e poderia não sobreviver aos ferimentos. Em declarações à Contacto disse, “Entrei no gabinete, identifiquei-me, disse-me que tiveram ocorrência da situação e em vez de registar queixa-crime, fez um reforço da queixa apresentada no hospital em que eu quis acrescentar que levou com bastão na cabeça e que o estado em que se encontrava era de coma profundo. Não me foi dada nenhuma cópia”.
No comunicado da PSP pode ler-se que “A Polícia de Segurança Pública, desde o primeiro momento, desenvolveu as diligências necessárias para a investigação dos factos e respetivas circunstâncias, designadamente salvaguardando as imagens dos sistemas de videovigilância e promovendo a recolha de testemunhos. Perante o conhecimento do falecimento deste cidadão, a PSP informou de imediato a Polícia Judiciária de Vila Real, por força das competências legais de investigação”. Porém para Rodrigues “A investigação só começou com a Polícia Judiciária, quando o meu filho morreu” o que considera um erro crasso. Para o pai de Giovani o início da investigação começou demasiado tarde e afirma que “O Giovani já não volta mais, mas isto não pode voltar a acontecer a mais nenhum cidadão, ainda por cima Portugal é um país desenvolvido”.