Ponte pedonal e ciclável sobre o rio Corgo é projeto “faraónico e pouco explicável”

A candidatura autárquica do Bloco de Esquerda em Vila Real fez ontem uma conferência de imprensa junto ao Museu da Vila Velha, onde criticou o investimento na construção de uma ponte pedonal e ciclável entre as zonas da Vila Velha e da Meia Laranja, defendendo que a prioridade é o reforço dos transportes públicos.

Na conferência, o candidato à Câmara Municipal, Luís Santos, declarou que sobre este projeto “questionamos tudo, desde a sua utilidade à sua mais valia para a cidade, à forma como está a ser planeada a ponte”. Admitiu ainda que o próprio objetivo da ponte é pouco claro, “questionamos também se isto não é uma forma de querer apresentar obra sem olhar para o futuro”.

Recorrendo a uma expressão já utilizada pelo próprio presidente da Câmara de Vila Real, Luís Santos objetifica o projeto de uma ponte em betão armado como “faraónico e pouco explicável”. Apontando críticas “quer a nível de utilidade, quer a nível de impacto no ambiente e na paisagem”.

Em contrapartida ao investimento de 6,9 milhões de euros nesta ponte, o candidato do Bloco defende que, em termos de mobilidade, a prioridade deve ser “a aposta reforçada nos transportes públicos”, que pode ser complementada com percursos cicláveis já criados pelo PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano).

Outro investimento para valorização da zona da Vila Velha, que se encontra “num estado lastimável”, acrescenta o candidato, é a sua requalificação e dinamização com atividades.

 

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