A alteração ao Plano Diretor Municipal, feita pela autarquia de Carregal do Sal, vem no seguimento da tentativa de instalação de uma pedreira em Fiais da Telha. Diego Garcia, deputado municipal do Bloco, diz que “é o resultado da luta e da persistência da população fialense”.
Foi publicado no dia 2 de outubro, em Diário da República, uma alteração ao Regulamento do Plano Diretor Municipal (PDM) de Carregal do Sal onde é referido que “não são permitidas a instalação de novas indústrias extrativas, nem a ampliação de indústrias extrativas existentes, a menos de 2 km do limite de monumentos arqueológicos, sítio e áreas classificadas ou em vias de classificação, nomeadamente, Espaços Natural I e II, designados e/ou integrados da Rede Nacional de Sítios”.
No dia 29 de fevereiro de 2020, mais de 200 pessoas juntaram-se nos Fiais da Telha para protestar contra a reativação de uma pedreira próxima de monumentos arqueológicos e localizada em sítios protegidos em termos ambientais. A iniciativa foi organizada pelo movimento “Juntos contra a pedreira” e mobilizou a população local, autarcas e empresas ligadas aos produtos endógenos da região do Dão.
Diego Garcia, deputado municipal do Bloco de Esquerda em Carregal do Sal, referiu ao Interior do Avesso que “isto é o resultado da luta e da persistência da população fialense que nunca baixou os braços para lutar pela preservação, em termos sociais e ambientais, da sua terra”.
Para o deputado, “é de felicitar também a atitude da Câmara Municipal, que lutou pelo bem-estar e interesse dos seus munícipes”, mas relembrou que numa reunião com presidente da autarquia, pouco antes do protesto, “as notícias não eram muito favoráveis e o presidente dizia que pouco poderia fazer”.