A associação ambientalista lembra que este ano já estiveram 20 praias interditas e 45 com banho desaconselhado ou proibido.
As praias portuguesas registaram uma diminuição da sua qualidade comparando com o ano passado, afirma a associação ambientalista ZERO, de acordo com a agência Lusa.
Com base numa avaliação, a ZERO lembra que durante este ano 20 praias estiveram interditas e 45 com banho desaconselhado ou proibido. A avaliação foi feita através dos resultados oficiais do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos e em comparação com os resultados do ano passado.
No entanto, a associação salienta que há 643 águas balneares e um número reduzido de praias com problemas, mas é um número maior do que no ano passado. O principal motivo para a interdição ou proibição de banhos é o alto valor dos resultados microbióticos, sendo que este problema afetou mais 20 praias do que no ano de 2020.
Destas 20 interdições a mais, existe uma com contaminação associada a valores excessivos de bactérias que provocam infeções (Escherichia coli e Enterococus intestinais), outras sete analisadas com salmonella. Todas estas praias estão localizadas no interior do país.
Relativamente às praias costeiras, foram interditadas 12, das quais duas foram por obras de requalificação e uma por terem rebentado as condutas dos esgotos.
A ZERO sublinha que “continuam a existir falhas de informação no sítio da internet da Agência Portuguesa do Ambiente, dado que não esclarece devidamente os motivos de interdição das zonas balneares e os procedimentos por parte dos Delegados Regionais de Saúde, existindo situações de contaminação semelhantes onde nuns casos a praia foi interditada até realização de novas análises noutros não”.
Das 53 praias classificadas pela associação como “zero poluição”, só uma teve “problemas significativos” este ano.