A pandemia não impediu a colocação de estudantes estrangeiros no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), havendo até maior procura. Mas poderá complicar a sua vinda, reduzindo o número de alunos efetivos. Problemas de alojamento agravam-se.
Segundo o presidente do IPB, Orlando Rodrigues, em declarações à Brigantia, “a procura pelo IPB não diminuiu, pelo contrário. Temos os mesmos níveis de colocação de alunos internacionais que em anos anteriores mas não temos a certeza se essa colocação se vai transformar em alunos efectivos. Há incertezas relacionadas com os vistos e com as condições nos países de origem”.
Também relativamente ao programa Erasmus, o Politécnico continua a ser procurado. Orlando Rodrigues referiu à Brigantia que há interesse dos países europeus para que o projecto se “mantenha”. “Claramente que há preocupação com a segurança mas os alunos foram admitidos e virão”.
A redução de pessoas dentro das salas de aula, a circulação controlada e o uso de máscara são algumas das medidas de segurança sanitária adotadas pelo IPB. Orlando Rodrigues adiantou ainda que algumas aulas funcionarão em sistema “híbrido”, uma vez que o número de alunos é superior à capacidade das salas, havendo por isso a divisão das turmas em turnos.
Entretanto, a DGS determinou a redução do número de estudantes alojados nas residências, tendo as camas que manter uma distância de 2 metros entre si. Nas residências do IPB os quartos triplos passarão a ser duplos e os quartos duplos passarão a ser individuais. “Vai implicar uma diminuição com algum significado. Os alunos bolseiros que não tiverem lugar na residência vão ter direito a um complemento de alojamento”.
A situação agrava as dificuldades de alojamento, já anteriormente existentes, que já mereceram uma pergunta ao governo sobre o atraso na construção de novas residências para estudantes, previstas para Bragança, Chaves, Mirandela e Macedo de Cavaleiros.
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