Proteção Civil propõe encerramento de central termoelétrica de Vila Velha de Ródão

central termoelétrica de Vila Velha de Ródão
central termoelétrica de Vila Velha de Ródão
Foto por Jelger, CC BY 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by/2.0>, via Wikimedia Commons
Após a realização de uma inspeção extraordinária, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) propõe o encerramento provisório da central termoelétrica da Bioenergy, em Vila Velha de Ródão.

A inspeção, com participação da DGEG, da APA e da CCDRC, detetou a degradação dos edifícios que integram o recinto industrial da Centroliva, nomeadamente no que diz respeito aos equipamentos de segurança existentes e à sinalização de segurança, segundo relatório a que a Lusa teve acesso.

A central termoelétrica, anteriormente denominada Centroliva, é uma unidade de produção de electricidade de origem térmica a biomassa (resíduos florestais, casca de pinheiro, serradura e bagaço de azeitona) localizada no Monte da Ordem em Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, atualmente pertencente à Bioenergy, Bioe – Sociedade de Produção de Energia, S.A., segundo informação no site do Município.

Em dezembro de 2020 o Município de Vila Velha de Ródão intentou uma ação popular administrativa, junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, visando a nulidade da licença de exploração para a central termoelétrica. Considerando que a central coloca em causa a saúde pública e o ambiente.

Apesar dos sucessivos e repetidos incumprimentos e dos episódios de poluição, que se arrastam há um ano, quer através de descargas de resíduos, quer de emissões para a atmosfera, a central tem conseguido manter-se a laborar.

Em abril de 2018, a APA chegou mesmo a determinar o encerramento da unidade, condenando então a empresa de ao pagamento de uma coima de 300 mil euros. No mesmo ano, na sequência de um inquérito iniciado em junho e de 2017 e terminado em janeiro de 2018, que apurou a existência de descargas poluentes nas ribeiras de Lucriz e do Açafal, o Ministério Público acusou a empresa de um crime de poluição e contraordenações graves, pedindo a suspensão da atividade, conforme noticiou o Reconquista.

O próprio Ministério do Ambiente já interviu para suspender a atividade da central, em novembro de 2017. A empresa retomou a laboração depois de o Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco ter aceitado uma providência cautelar logo em novembro, decisão que confirmou em janeiro de 2018.

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