Racismo e outras formas de violência no desporto distrital de Viseu

O assunto tornou-se mediático devido ao já muito falado “caso Marega”, mas os casos de racismo no desporto não são exclusivos dos grandes jogos, sendo transversais entre os vários níveis do futebol e de outros desportos.

Na última Assembleia Municipal de Viseu o tema foi levantado por duas vezes. No Período Antes da Ordem do Dia foi aprovado por unanimidade o voto de repúdio apresentado por Catarina Vieira, eleita do Bloco de Esquerda, que na sua fundamentação podemos ler “em menos de um ano verificaram-se três casos registados de racismo no distrito. A Associação de Futebol de Viseu aplicou uma multa de 250 euros ao clube considerado “culpado” e um jogo à porta fechada, após o levantamento de dois processos por “comportamentos discriminatórios”. Mas os casos vão-se sucedendo, apesar de não constarem nos relatórios dos árbitros”, entre outros dados sobre a temática.

Com a unanimidade deste voto, a Assembleia assumiu “repudiar todas as atitudes racistas da parte de adeptos de futebol e outras modalidades desportivas e prestar a sua total solidariedade para com todas as pessoas que não desistem de fazer da prática desportiva uma ferramenta de solidariedade, inclusão e igualdade.”

Já na Ordem do Dia, a deputada voltou a falar sobre este flagelo na região: “agressões e insultos racistas em jogos de iniciados (estamos portanto a falar de sub-15) levaram à ação da GNR ou ao abandono do jogo por falta de segurança, devido a comportamentos intoleráveis por pais, treinadores e outros agentes desportivos”.

Continuando a intervenção com sugestões sobre o caminho a seguir: “tem de ser feito um trabalho preventivo a nível da formação (e aqui acreditamos que o executivo tem, também, um papel importante a desempenhar), mas também punir severamente e publicitar essas consequências para não deixar no ar uma cultura de impunidade e, pior, de normalização. A Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto, a Associação de Futebol de Viseu e as Forças de Segurança têm de receber queixas formais, de molde a atuarem em conformidade”.

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