O Ministro do Ambiente disse que a sociedade que adquiriu as seis barragens na bacia do rio Douro, teria sede em Miranda do Douro, mas a sede da MOVHERA fica no Porto. Movimento Cultural da Terra de Miranda insta o Governo a fazer cumprir a instalação da sede na Terra de Miranda.
A 23 de março, em audição sobre o negócio das barragens, o Ministro do Ambiente e da Ação Climática declarou que a sociedade MOVHERA 1 – HIDROELÉTRICOS DO NORTE, S.A. teria sede em Miranda do Douro. “O que não é verdade! A MOVHERA tem sede na Praça Mouzinho de Albuquerque 113, no Porto”, denuncia em comunicado o Movimento Cultura da Terra de Miranda.
Para o Movimento, tal facto trás “três consequências muito negativas”:
- “Revela que ninguém pode acreditar na palavra do Sr. Ministro”;
- “Sugere que a MOVHERA só pretende tirar proveito da riqueza gerada na Terra de Miranda pelos nossos recursos naturais e que não está interessada em comprometer-se com o desenvolvimento da região”;
- “A Terra de Miranda vai continuar a ser espoliada, não só da imensa riqueza produzida pelos seus recursos, como também de milhões de euros em receitas fiscais, incluindo as provenientes dos impostos municipais”.
Perante esta análise, o Movimento Cultural da Terra de Miranda manifesta a “sua revolta perante a continuação de uma estratégia extrativa que é responsável pelo empobrecimento económico e pela perda de mais de metade da nossa população”.
Instando assim o Governo a obrigar a MOVHERA a cumprir a condição da qual o próprio Governo Português terá feito depender a sua autorização de venda das barragens da EDP à Engie, que é a instalação da sede na Terra de Miranda.
Negócio ou Roubo? A venda das barragens do Douro
Amanhã, dia 30, será promovido mais um Encontro do Avesso com transmissão online, em direto no Facebook. O tema ‘Negócio ou Roubo? A venda das barragens do Douro’ será debatido por Mariana Mortágua (Deputada na Assembleia da República); Óscar Afonso (Professor de Economia na Universidade do Porto) e Aníbal Fernandes (Engenheiro Electrotécnico), ambos do Movimento Cultural da Terra de Miranda; e ainda Jóni Ledo (Dirigente Distrital de Bragança do Bloco de Esquerda).
Negócio ou Roubo? A venda das barragens do Douro – Encontro do Avesso online no dia 30 de março