Serviço ferroviário da Linha do Douro não satisfaz utilizadores

As Comissões Coordenadoras do Bloco de Esquerda de Viseu e Vila Real juntaram-se esta sexta-feira, dia 26 de julho, numa iniciativa de auscultação e sensibilização dos utilizadores da Linha do Douro, realizando uma viagem Régua-Mosteirô-Régua. Na base desta ação está a necessidade urgente de requalificação da Linha do Douro, uma vez que se trata de um eixo estruturante da região.

As constantes reclamações dos utentes da Linha do Douro resultaram numa ação do Bloco de Esquerda, que contou com a presença, entre outros, de Rita Diogo, candidata pelo distrito de Viseu, Mariana Falcato Simões, candidata pelo distrito de Vila Real, e Albano Santos, mandatário da lista de Viseu. Na curta viagem entre a estação da Régua e Mosteirô foi possível comprovar muitos dos pontos constantemente apontados pela população. Durante a mesma os utilizadores foram relatando as suas queixas e a sua insatisfação com o serviço prestado. Em concreto foram elencadas várias falhas no funcionamento, entre elas os sucessivos atrasos, a sobrelotação das carruagens, a falta de ar condicionado, a ausência de transporte complementar para outras localidades, bem como a inexistência de conjugação de horários entre os transportes públicos rodoviários e ferroviários.

Já na estação de Mosteirô, a realidade encontrada levantou ainda outros problemas como o facto da sala de espera e acesso às casas de banho só ser garantido no horário da bilheteira, um horário reduzido que não coincide com o horário divulgado no website da CP. Quando esta delegação do Bloco chegou à estação por voltas das 17h30, já com alguns minutos de atraso, pôde constatar que o serviço de bilheteira já se encontrava encerrado, não havendo qualquer serviço informativo, nem obtendo resposta do posto de informação remoto instalado no cais de embarque.

Segundo relatos de utilizadores que estavam no local, a total desadequação dos horários e ausência de transportes complementares leva à obrigatoriedade do uso de viatura própria, pelo que uma das falhas sentidas, tanto na estação de Mosteirô como na estação de Ermida, é um parque de estacionamento de dimensões adequadas, com lugares de estacionamento suficientes para cobrir as necessidades da população.

Em comunicado o Bloco de Esquerda, que viu o seu Plano Ferroviário Nacional 2020-2040 ser chumbado na Assembleia da República, volta a assumir a defesa da Ferrovia e a importância dos transportes públicos coletivos como ferramenta essencial de promoção da coesão territorial e via para a descarbonização da sociedade, defendendo que “esta situação tem urgentemente de ser resolvida com a aquisição de material circulante, a adequação dos horários e a modernização da linha (de forma faseada e em horário noturno para evitar o encerramento parcial da mesma e reduzir os constrangimentos do transbordo rodoviário)”.

Para consultar o Plano Ferroviário Nacional 2020-2040 faça download aqui

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