O Primeiro-Ministro António Costa, a 10 de dezembro, na inauguração do Museu da Liga Portuguesa dos Bombeiros, afirmou que “temos de conseguir preservar e manter aquilo que de tão importante possuímos e que é único: temos uma estrutura de bombeiros voluntários como coluna vertebral do nosso sistema de Proteção Civil, e isso é indispensável para o futuro do País”.
Em reação a estas declarações, o SNPC questiona como se tem deparado com dificuldades na resolução dos problemas que afetam os Bombeiros Voluntários, “que são reconhecidos, no mesmo momento que são esquecidos”.
Alguns dos problemas que afetam os Bombeiros Voluntários são que “continuam a não ser considerados profissionalmente como bombeiros, havendo lugar a muitos contractos precários e camuflados como motoristas, mecânicos e elementos de secretariado”.
Desta forma o Sindicato Nacional de Proteção Civil agradece o reconhecimento de António Costa, “mas pedimos-lhe que passe das palavras aos atos”, pois “os Bombeiros Voluntários carecem de mudanças sérias, que assegurem a sua continuidade ao serviço das populações”.
O sindicato vai ainda mais longe e desafia António Costa a admitir “que não existe uma real proteção para a população, que neste momento julga estar protegida, quando em muitas corporações de bombeiros não conseguem segurar os seus operacionais, pois estes têm de exercer as suas funções profissionais nos seus empregos.”
“Valorizar a profissão, aprovar a Regulamentação do Estatuto Profissional, melhorar as condições de trabalho, aumentos salariais, melhorar os seus equipamentos de proteção individual, reforma aos 60 anos, horários de trabalho, aumento do apoio às Associações Humanitárias, cumprimento das obrigações do estado com estas Associações”, são alguns dos pontos reivindicados pelo SNPC.