A proposta da empresa mineira de um aumento de 0,75% no salário base “não vai valorizar em nada” as remunerações dos trabalhadores, considerou Isabel Camarinha.
Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP, esteve ontem, 5 de maio, com os trabalhadores das Minas da Panasqueira, na Covilhã, que se encontram em greve para exigir melhores salários, melhoria das condições de trabalho, o exercício do direito à formação profissional certificada e realização dos exames médicos periódicos.
Os trabalhadores da empresa Beralt Tin & Wolfram – Portugal estão em greve duas horas diárias por turno e ao trabalho suplementar, desde o dia 26 de abril até ao dia 8 de maio.
Em declarações à Rádio Cova da Beira, Isabel Camarinha apontou esta greve como “exemplar” porque “de facto os trabalhadores não vão ficar parados de braços caídos”.
Os trabalhadores exigem aumentos salariais de 50 euros, enquanto a empresa começou por oferecer um aumento de 0,5% do salário base, tendo depois subido para 0,75%.
Para a líder sindical, “a proposta da empresa são valores insignificantes. Os trabalhadores sentem que aquilo não vai valorizar em nada os seus salários, mas para além disso há outros problemas que precisam de ser resolvidos ao nível da higiene e da saúde”.
Isabel Camarinha considera que a empresa mineira “parou no tempo”, referindo que existem outras empresas do sector pelo país que não têm estas condições, “por isso é preciso investimento”, vincou.