Na mensagem de boas festas divulgada esta terça-feira nas redes sociais, Catarina Martins caracterizou o ano de 2021 como “mais um ano difícil, marcado pela pandemia”. Mas, para falar de corrupção, destacou também outros acontecimentos que marcaram o ano: “a detenção de um ex-banqueiro e de um ex-governante, ou a investigação sobre clubes de futebol revela de novo o mundo das fraudes milionárias, dos dinheiros escondidos em offshores, das conivências”.
Para a dirigente bloquista, estes mostram uma vez mais que “precisamos de quebrar bloqueios na falta de meios das autoridades judiciárias, nos processos que demoram dez anos a chegar a julgamento”, que “precisamos do fim dos offshores, de controlo dos capitais, criminalização do enriquecimento ilícito, fim dos vistos gold, transparência, responsabilidade” porque “são estas as armas da democracia contra a corrupção e não podemos perder mais tempo”.
De acordo com a porta-voz partidária, “a corrupção é uma ameaça contra toda a gente porque nos rouba recursos, vicia os governos, empobrece Portugal” e “precisamos destes recursos para o que importa na vida: para responder pelo salário, pelo clima, pela saúde”.
No que diz respeito à pandemia, Catarina Martins salientou “o sucesso da vacinação” que “reduziu o impacto da pandemia em cerca de um terço face ao ano passado” mas lamentou que esta continue a fazer vítimas.
A vacinação trouxe algum alívio a profissionais de saúde que “estão exaustos e continuam sobrecarregados” mas é preciso continuar. E, assim apelou: “peço-lhe por isso que se vacine a si e vacine os seus filhos.”
A defesa do Serviço Nacional de Saúde é para o Bloco uma prioridade. Para isso, é preciso assegurar “os profissionais de que precisa, criar as carreiras na saúde, investir nos hospitais e nos centros de saúde”.
A coordenadora do Bloco terminou explicando que “o governo do Partido Socialista rejeitou um acordo com a esquerda na saúde e nas regras laborais e preferiu provocar eleições em janeiro” e que “António Costa já explicou porquê: quer a maioria absoluta”. Para o Bloco, “só rejeitando a maioria absoluta, poderemos encontrar soluções para o SNS e para o salário ou um esforço verdadeiro para derrotar a corrupção”. Por isso, concluiu garantindo que “em 2022 e sempre, com a força que o povo nos confiar, o Bloco de Esquerda lutará por essas soluções”.
Artigo publicado por Esquerda.net a 28 de dezembro de 2021