“É com enorme preocupação que vemos os sucessivos pedidos de reunião, feitos pelo Núcleo Concelhio de Santa Comba Dão do Bloco de Esquerda, não terem resposta por parte da coordenação da Unidade de Saúde Familiar do Rio Dão”, reage o Bloco em comunicado, depois de ver sem resposta os pedidos de reunião enviados a 4 e 18 de outubro.
Para o partido, esta situação é significativa do estado da Saúde do concelho de Santa Comba, “que nem aceita reunir, conversar ou debater ideias com uma força política presente no concelho e que ficou a escassos 10 votos de ter representação na Assembleia Municipal”
Assim, sem conseguir reunir e esclarecer questões com a USF, o núcleo do Bloco partilha em comunicado as suas preocupações:
- É importante que se clarifique quais serão as valências da nova unidade de saúde em São João de Areias. Não podemos correr o risco, depois de várias mobilizações da população da freguesia para que esta promessa finalmente fosse realizada, que esta estrutura não seja utilizada a 100%, com os médicos e enfermeiros necessários. A unidade de São João de Areias, a nosso ver, também terá um papel importante em escoar utentes de uma parte do concelho que se dirigem ao Centro de Saúde de Santa Comba Dão;
- A dificuldade na marcação de consultas é uma situação que aflige, e com razão, os e as utentes da USF, tendo que recorrer às urgência do Hospital de Tondela levando à saturação desta estrutura;
- Situações como a falta de água quente no Centro de Saúde mostram bem essa escassez de capacidade de resposta, na área da Saúde, do nosso concelho;
- O número de atendimento nas consultas de recurso, estão cada vez mais limitados.
Apesar de não poder ouvir nem ser ouvido pelas entidades competentes de saúde, o núcleo do Bloco “continuará a zelar pelo bem-estar dos e das utentes do concelho de Santa Comba Dão”, sublinha, lembrando que “temos o Serviço Nacional de Saúde muito fragilizado, os profissionais de saúde estão exaustos e com falta de meios. Temos também uma enorme pressão sobre os cuidados primários de saúde, que também asseguram a vacinação e o contacto com todos os doentes covid, e temos uma grande pressão operacional do ponto de vista hospitalar.”
