UTAD quer fortalecer Agricultura Familiar e Agroecologia

Com mais de 1/3 da população residente nas regiões do Alto Tâmega, Douro e Terras de Trás-os-Montes ligado à agricultura familiar, a UTAD quer potenciar a sustentabilidade e a rendibilidade da atividade.
agricultura batatas

A  Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) integra o Centro de Competências para a Agricultura Familiar e Agroecologia (CeCAFA), “nascido para reforçar a investigação, a difusão do conhecimento, a promoção da inovação e a qualificação dos produtores na valorização da agricultura familiar”, segundo notícia da própria UTAD.

Os investigadores da UTAD pretendem promover a partilha de conhecimento, tecnologia e inovação, bem como apostar na cocriação de soluções para “os problemas concretos ao nível da agricultura, do negócio, do bem-estar das famílias e da atratividade da atividade para sucessores, empreendedores e outros atores”.

Assim, serão promovidas dinâmicas colaborativas que mobilizem agricultores, técnicos agrícolas, investigadores e outros atores individuais e institucionais (associações de desenvolvimento local, ONG’s, governos locais, empreendedores, etc.).

“A contribuição da pequena agricultura para a conservação e valorização dos recursos endógenos e dos territórios depende dessas soluções colaborativas que potenciem a sustentabilidade e rendibilidade da agricultura familiar. Depende igualmente da divulgação, junto da opinião pública, da insubstituibilidade do seu contributo para a segurança alimentar, serviços dos ecossistemas, salvaguarda da herança cultural, da identidade portuguesa e da vitalidade dos territórios rurais”, sublinha Lívia Madureira, diretora do Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento CETRAD e representante da UTAD no CeCAFA.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), 39% da população das regiões do Alto Tâmega, Douro e Terras de Trás-os-Montes é agrícola familiar, e a mão-de-obra que se dedica ao setor primário representa 95% do total da mão-de-obra permanente.

“É importante criar modelos e sistemas que permitam o acesso – que atualmente é pouco facilitado ou mesmo inexistente – ao conhecimento e suporte à implementação de inovação (tecnológica, agroecológica, organizacional e social) aos agricultores familiares, nomeadamente aos mais pequenos, aos que se dedicam a tempo parcial, aos novos agricultores, e às mulheres rurais”, conclui Lívia Madureira.

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