As restrições impostas pela covid-19 impedem a APPACDM de Castelo Branco de assegurar o transporte habitual. Utentes sem transporte de familiares ficam sem alternativa para se deslocarem.
A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Castelo Branco, antes da pandemia da covid-19, assegurava o transporte entre Oleiros e a delegação da Sertã. Neste momento têm “uma carrinha de 9 lugares, mas com as recomendações da DGS torna-se impossível retomar o transporte”, confirmou Maria de Lurdes Pombo, presidente da APPACDM de Castelo branco, ao JN. Informa ainda que esta semana será estudada uma solução.
A situação foi denunciada ao JN por Paula Fernandes, residente da aldeia da Amieira (Oleiros), que se vê impedida de regressar ao trabalho por ter que ficar com o filho, utente daquela instituição. Entregou na Segurança Social uma declaração de pedido de apoio a trabalhadores que exercem actividade por conta de outrem e que faltem ao trabalho por motivos de assistência a filhos com duração de um mês. O que não é o ideal, uma vez que o filho continua privado do “ambiente de família” da instituição: “o meu filho é ativo, faz desporto na delegação da APPACDM […] Ele sente falta dos amigos.”
Com as restrições de segurança impostas pela Direção-Geral da Saúde as instituições de apoio à deficiência reduziram o auxílio direto aos utentes com família e permaneceram apenas com os utentes acamados. A situação estende-se a quase todas as instituições do país, afetando milhares de famílias.