Vigilantes da Natureza em greve às horas extra por tempo indeterminado

Vigilantes da Natureza
Vigilantes da Natureza
Foto por Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas | Facebook
Vigilantes da Natureza vão iniciar greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado. SNPC alega que se continua a assistir ao desrespeito pelo trabalho destes profissionais, sem a revisão da carreira e ajustamento do salário a todas as funções que lhes estão atribuídas.

O SNPC – Sindicato Nacional da Proteção Civil reivindica melhores condições de trabalho, com a disponibilização de mais uniformes, equipamentos de proteção individual e meios de comunicação rádio/ móvel, bem como a abertura de concurso para um reforço de, pelo menos, 100 Vigilantes da Natureza.

Reclamam o diálogo para resolução das reivindicações apresentadas ao Ministério do Ambiente e Ação Climática. O sindicato destaca que “o pacote financeiro aprovado pelo Conselho de Ministros dedicado à floresta, mostra que o dinheiro não é problema, o problema são as políticas desajustadas em prejuízo de trabalhadores essenciais para a conservação da natureza e das  florestas.”

Esta greve reivindica ainda ser “urgente reconhecer a valorização dos Vigilantes da Natureza revendo a sua carreira profissional com salários justos” e a “inclusão dos Vigilantes da Natureza com atuação ao nível da  primeira intervenção na Diretiva Operacional Nacional”.

“Todos os anos assistimos a um decréscimo de responsabilidades dentro do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais  – DECIR, que limita os Vigilantes da Natureza apenas à vigilância e deteção,  sem poder atuar dentro das zonas adstritas ao seu parque natural o que  representa um atentado à natureza e a biodiversidade que estão sobre sua  alçada”, considera o SNPC – Sindicato Nacional da Proteção Civil em comunicado.

O sindicato lembra que os Vigilantes da Natureza estão equipados com um  veículo ligeiro de combate a incêndios com capacidade para 500 litros de água, “que  faz toda a diferença numa ignição.”

Os Vigilantes da Natureza poderiam fazer toda a diferença na primeira intervenção. Este ataque inicial “pode ditar a diferença entre ter um  fogacho ou um incêndio de grandes dimensões, com perdas enormes para a  biodiversidade, meios humanos e materiais.”

O comunicado também recorda que a tutela dos animais de companhia passou recentemente para o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, resultando em “mais  trabalho, aumento da responsabilidade”, mas “manutenção do salário”. 

 

SNPC faz proposta de revisão da Carreira Profissional dos Vigilantes da Natureza

Vigilantes da Natureza: sindicato ameaça greve em defesa da revisão da carreira

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