Em comunicado, a associação Olho Vivo apelou no domingo ao Governo para “tomar uma posição consequente com o Direito Internacional e a Carta das Nações Unidas, apoiando a queixa contra Israel, apresentada pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça”. Esta semana foi divulgada uma petição online no mesmo sentido pelo coletivo Palestina em Português.
Além da exigência do cessar-fogo imediato e da libertação de todos os reféns, a associação apela também ao reconhecimento do Estado da Palestina, tal como o fazem “138 dos 193 Estados membros da ONU e por 9 países da UE (o governo de Espanha já se comprometeu a fazê-lo), respeitando as fronteiras definidas pela ONU, anteriores à “Guerra dos Seis Dias”, de 1967, com o desmantelamento dos colonatos nos territórios ocupados e o retorno dos refugiados”.
“A única alternativa à solução dos dois Estados não é a continuação do conflito, mas um só Estado binacional laico e democrático que muitos palestinianos e israelitas defendem”, aponta a Olho Vivo, sublinhando que “terão de ser os palestinianos a decidir a forma de se autodeterminarem, como é seu direito” e que à comunidade internacional “cabe o dever de deixar de contemporizar com a ocupação e a agressão, exigir o fim imediato do genocídio e contribuir para uma paz duradoura no Médio Oriente”.
Artigo Esquerda.net