No debate da RTP3 entre os candidatos à Câmara Municipal de Vila Real, o candidato do Bloco defendeu a gratuitidade das tarifas e o alargamento e melhoria da rede de transportes públicos no concelho. Por Esquerda.net
O debate da RTP3 deste domingo juntou os candidatos à Câmara Municipal de Vila Real. O candidato bloquista, Luís Santos, começou por referir que “não deixa de ser sintomático que este debate há uns anos poderia ter sido realizado em Vila Real. Isso mostra muito o porquê do Interior e das cidades perderem população”.
Relativamente a esta questão da demografia, o candidato bloquista disse que “as cidades têm de ser olhadas de uma forma mais abrangente, com diversos fatores, não podemos só olhar para a economia como se fosse a salvação de uma região, mas temos de olhar para a qualidade de vida, para a oferta desportiva e cultural, para a acessibilidade, para os transportes, para a habitação”.
Luís Santos afirmou que o Bloco “apresenta-se com um programa que é capaz de elencar cada um dos vetores que podem fazer que os territórios sejam potencializados”, acrescentando que “nós sabemos que as associações desportivas e culturais vivem com imensas dificuldades, o património em Vila Real tem sido esquecido”.
Um dos temas abordados no debate foi a questão dos transportes públicos. Luís Santos considerou o serviço como “insuficiente” e deu um exemplo: “O centro de vacinação funcionou no Régia-Douro Park, fizeram um trabalho excelente e todo o pessoal de apoio à vacinação está de parabéns e estamos muito gratos por tudo o que fizeram, mas de uma extremidade da cidade de Vila Real, da freguesia de Lordelo, até ao Régia-Douro Park, uma pessoa que quisesse levar a vacina demora 1 hora e 13 minutos quando não são mais de 5 ou 6 quilómetros. É inconcebível.”
O Bloco defende “a gratuitidade dos transportes, o alargamento da rede, a melhoria da qualidade, em combinação com outros meios sustentáveis, porque havendo esta possibilidade a cidade só pode tirar benefícios desta situação”.
Para o candidato, o investimento nos transportes é uma questão de escolhas, dando o exemplo da ponte pedonal e ciclável sobre o rio Corgo que vai custar 7 milhões de euros. “É uma obra faraônica”, sublinhou Luís Santos.
Publicado por Esquerda.net a 30 de agosto de 2021