Luís Santos, candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Vila Real, em declarações no debate das Eleições Autárquicas do Porto Canal na passada segunda-feira, defendeu a gratuitidade dos transportes públicos e que “o papel do município é regular a habitação”.
Num debate que começou focado na questão demográfica e na perda de população revelada nos dados preliminares dos últimos censos, o candidato pelo Bloco de Esquerda, apontou serem necessárias políticas para mitigar esta perda, uma vez que Vila Real, “contendo uma Universidade, devia ser agregadora” e capaz de captar e fixar população, não está a ser capaz de o fazer, verificando-se que aldeias e cidade “vão ficando desertas”, numa equação em que o governo autárquico também tem responsabilidade.
Uma das questões que o candidato destacou foi a mobilidade, lembrando que o Bloco de Esquerda tem vindo desde há algum tempo a “reafirmar a importância de uma ferrovia que seja capaz de servir as capitais de distrito” e a defender a gratuidade dos transportes.
A gratuitidade dos transportes permitiria retirar automóveis da cidade, reduzir os custos de repavimentação, o número de acidentes e os “custos ambientais”, mas “acima de tudo é uma medida social”, sublinha, “esta é uma medida socialmente justa e ambientalmente inteligente”.
Outra área de destaque foi a habitação, onde “há muito mais a fazer” para travar a especulação. “O papel do município é regular o mercado da habitação porque a habitação é um bem essencial”, afirmou Luís Santos, desenvolvendo que uma das medidas que o Bloco propõe para este fim é a recuperação de habitações nas aldeias, revitalizando-as e colocando-as no mercado de arrendamento.
O candidato terminou o debate com o compromisso de continuidade de um trabalho de proximidade com as populações. “O Bloco de Esquerda tem estado presente na vida dos vilarealenses e quer continuar a estar […]. Apresentamo-nos a estas eleições autárquicas para ser a voz que falta, porque sempre estivemos lado a lado do povo de Vila Real, apresentamo-nos com essa força e com essa vontade de continuar a estar, para que possamos melhorar Vila Real e ter o concelho que merecemos.”
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