O estado da arte rupestre localizada na Rua Marechal Teixeira Rebelo preocupa o Núcleo Concelhio de Vila Real do Bloco, após o alerta ter sido dado pelo IHSHG. Luís Santos, membro do Núcleo, afirma que “é prática recorrente deste executivo maltratar o património.”
Realizou-se ontem, 22 de fevereiro, uma reunião por videoconferência entre o Núcleo Concelhio de Vila Real do Bloco de Esquerda e o International History Students & Historians Group (IHSHG) para debater do estado em que se encontra a arte rupestre, localizada na Rua Marechal Teixeira Rebelo, na cidade de Vila Real.
Em declarações ao Interior do Avesso, Luís Santos, membro do Núcleo do Bloco, refere que “tivemos um alerta por parte do IHSHG e do arqueólogo Luís Pereira sobre o que se está a passar na rua que está a ser intervencionada no âmbito do PEDU”.
Para o bloquista, “mais uma vez o município trata muito mal o património. Compreendemos que o desenvolvimento e a modernidade têm de ser alcançados, mas não pode ser à custa da destruição contínua do património. O que infelizmente tem acontecido em Vila Real”.
“A intervenção do Bloco passa efetivamente por uma questão de alerta porque já é prática recorrente deste executivo maltratar o património. Seja arqueológico ou natural”, apontou Luís Santos. Alguns exemplos são a demolição do edifício da PanReal, a calçada medieval da Campeã, a ponte medieval de Torneiros ou o tratamento do barro preto de Bisalhães.
Segundo o dirigente, o Município já tinha sido alertado há mais de um ano e deram início às obras sem ter havido um estudo.
De acordo com a Lusa, que cita o IHSHG, a arte rupestre em questão é um “afloramento granítico que contém várias gravuras rupestres, em pleno centro da cidade, que se estima ser “anterior a data de fundação do primeiro núcleo urbano”.
O IHSHG considera que o afloramento granítico não “foi devidamente estudado ou investigado com profundidade”.