Viseu: Bloco anuncia lista completa às Legislativas 2022

Bloco de Esquerda apresentou hoje as prioridades programáticas e a lista pelo círculo eleitoral de Viseu, encabeçada por Manuela Antunes. Lista completa no artigo.
Apresentação da lista de Viseu ás Legislativas 2022

A apresentação da lista decorreu em Viseu, numa conferência de imprensa no Café Com Letras. Os três primeiros nomes da lista, já anunciados, Manuela Antunes, Manuel Coelho e Inês Coelho apresentaram as prioridades programáticas.

A Mandatária da candidatura, Carolina Gomes, Antropóloga de 31 anos, deputada municipal do Bloco em Viseu, anunciou a lista, composta por oito nomes efetivos e cinco suplentes:

EFETIVOS:

  1. Manuela Antunes, 54 anos, Professora, Viseu
  2. Manuel Coelho, 49 anos, Operador de Revisão da CP, Tarouca
  3. Inês Coelho, 31 anos, Jurista, Mangualde (independente)
  4. Miguel Lopes, 18 anos, Estudante de Sociologia, Mortágua
  5. Adelaide Osório, 60 anos, Produtora Executiva, Lamego
  6. David Santos, 36 anos, Filósofo, Mangualde
  7. Raluca Ionicã, 34 anos, Operária Fabril, Carregal do Sal
  8. Pedro Pinto, 33 anos, Arquiteto Paisagista, Vouzela (independente)

SUPLENTES:

  1. Célia Rodrigues, 57 anos, Fisioterapeuta, Viseu
  2. Tiago Silva, 39 anos, Enfermeiro, Viseu (independente)
  3. Cristina Teixeira, 51 anos, Farmacêutica Hospitalar, Viseu
  4. Tiago Resende, 31 anos, Cineasta, Viseu
  5. Lúcia Vilhena, 57 anos, Monitora em IPSS na Área da Deficiência, Viseu (independente)

“Esta candidatura bate-se por uma agenda feminista que afirme a igualdade plena entre todas as pessoas”

Inês Coelho começou por apelar a que “lembremos as mulheres” e as desigualdades de que ainda são vítimas, em particular no interior. “Sem nunca esquecer as pessoas idosas, as pessoas dependentes e os seus cuidadores e cuidadoras”, continuou, lembrando que se estima que em Portugal existam 1,4 milhões de cuidadores, principalmente mulheres, mas que apesar deste número, o Estatuto do Cuidador Informal não abrange mais de 900 pessoas em todo o país.

“É urgente mudar o paradigma da política de cuidados através da criação de um Serviço Nacional de Cuidados, não podemos cair no erro de entregar aos privados toda a resposta social, o Estado tem a obrigação de cuidar também”, destacou a candidata.

Ferrovia: “espinha dorsal da mobilidade”

Manuel Coelho lembrou que o Bloco defende a criação de uma Linha ferroviária que faça “a ligação da Linha do Norte, na zona de Aveiro, e a Linha da Beira Alta, na zona de Mangualde, com paragem na cidade de Viseu, atualmente a maior cidade da Europa sem comboios”, o que representaria uma mais valia para a criação e fixação de empresas na região de Viseu, criando postos de trabalho.

Outras medidas na área da mobilidade destacadas pelo candidato incluem a eletrificação da Linha do Douro e a sua ligação a Espanha, a reabilitação da Linha da Beira Alta, onde “é necessário mais e melhores horários”, a “rápida conclusão das obras de beneficiação do IP3, o eixo rodoviário talvez mais importante no distrito” e a “abolição imediata” das portagens nas ex-SCUT, A24 e A25.

“Não pode valer tudo”, não queremos ser um território “sempre em saldos”

“Não podemos continuar a aceitar investimento patrocinado por dinheiros públicos que não respeite o ambiente e as pessoas e, que simplesmente depois de usarem deitam fora”, casos destes, exemplificou Manuela Antunes, são a Stellantis (PSA) em Mangualde, que promove salários baixos e a precariedade dos mais jovens, e a Covercar, empresa deslocalizada de Nelas para Marrocos, provocando o despedimento de 30 operárias.

A cabeça de lista assegurou também que “vamos continuar a combater ao lados das populações a exploração mineira intensiva, contra esta política extrativista que usa a narrativa de que o lítio vai salvar o ambiente”, justificando deste modo “atentados ambientais” que ameaçam todo o território” e a pretensão de explorar outros minérios. “Esta não é a transição energética que queremos”, sublinhou.

A candidata não deixou de fora a questão da floresta, sendo alguns dos concelhos do distrito de Viseu dos mais afetados pelos incêndios de 2017. “Queremos uma gestão florestal que defenda a biodiversidade e que priorize este princípio em todas as decisões tomadas para o nosso território e acabar de vez com as monoculturas de eucalipto que, depois dos trágicos incêndios de 2017, se intensificaram”, 

Outro dos assuntos abordados por Manuela Antunes foi a necessidade de garantir serviços públicos de qualidade e de proximidade, “queremos devolver os serviços roubados e garantir qualidade de vida a toda a população”, assim como “queremos um SNS cada vez mais forte e que o seu acesso não seja dificultado por falta de investimento”.

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