A apresentação da lista decorreu em Viseu, numa conferência de imprensa no Café Com Letras. Os três primeiros nomes da lista, já anunciados, Manuela Antunes, Manuel Coelho e Inês Coelho apresentaram as prioridades programáticas.
A Mandatária da candidatura, Carolina Gomes, Antropóloga de 31 anos, deputada municipal do Bloco em Viseu, anunciou a lista, composta por oito nomes efetivos e cinco suplentes:
EFETIVOS:
- Manuela Antunes, 54 anos, Professora, Viseu
- Manuel Coelho, 49 anos, Operador de Revisão da CP, Tarouca
- Inês Coelho, 31 anos, Jurista, Mangualde (independente)
- Miguel Lopes, 18 anos, Estudante de Sociologia, Mortágua
- Adelaide Osório, 60 anos, Produtora Executiva, Lamego
- David Santos, 36 anos, Filósofo, Mangualde
- Raluca Ionicã, 34 anos, Operária Fabril, Carregal do Sal
- Pedro Pinto, 33 anos, Arquiteto Paisagista, Vouzela (independente)
SUPLENTES:
- Célia Rodrigues, 57 anos, Fisioterapeuta, Viseu
- Tiago Silva, 39 anos, Enfermeiro, Viseu (independente)
- Cristina Teixeira, 51 anos, Farmacêutica Hospitalar, Viseu
- Tiago Resende, 31 anos, Cineasta, Viseu
- Lúcia Vilhena, 57 anos, Monitora em IPSS na Área da Deficiência, Viseu (independente)
“Esta candidatura bate-se por uma agenda feminista que afirme a igualdade plena entre todas as pessoas”
Inês Coelho começou por apelar a que “lembremos as mulheres” e as desigualdades de que ainda são vítimas, em particular no interior. “Sem nunca esquecer as pessoas idosas, as pessoas dependentes e os seus cuidadores e cuidadoras”, continuou, lembrando que se estima que em Portugal existam 1,4 milhões de cuidadores, principalmente mulheres, mas que apesar deste número, o Estatuto do Cuidador Informal não abrange mais de 900 pessoas em todo o país.
“É urgente mudar o paradigma da política de cuidados através da criação de um Serviço Nacional de Cuidados, não podemos cair no erro de entregar aos privados toda a resposta social, o Estado tem a obrigação de cuidar também”, destacou a candidata.
Ferrovia: “espinha dorsal da mobilidade”
Manuel Coelho lembrou que o Bloco defende a criação de uma Linha ferroviária que faça “a ligação da Linha do Norte, na zona de Aveiro, e a Linha da Beira Alta, na zona de Mangualde, com paragem na cidade de Viseu, atualmente a maior cidade da Europa sem comboios”, o que representaria uma mais valia para a criação e fixação de empresas na região de Viseu, criando postos de trabalho.
Outras medidas na área da mobilidade destacadas pelo candidato incluem a eletrificação da Linha do Douro e a sua ligação a Espanha, a reabilitação da Linha da Beira Alta, onde “é necessário mais e melhores horários”, a “rápida conclusão das obras de beneficiação do IP3, o eixo rodoviário talvez mais importante no distrito” e a “abolição imediata” das portagens nas ex-SCUT, A24 e A25.
“Não pode valer tudo”, não queremos ser um território “sempre em saldos”
“Não podemos continuar a aceitar investimento patrocinado por dinheiros públicos que não respeite o ambiente e as pessoas e, que simplesmente depois de usarem deitam fora”, casos destes, exemplificou Manuela Antunes, são a Stellantis (PSA) em Mangualde, que promove salários baixos e a precariedade dos mais jovens, e a Covercar, empresa deslocalizada de Nelas para Marrocos, provocando o despedimento de 30 operárias.
A cabeça de lista assegurou também que “vamos continuar a combater ao lados das populações a exploração mineira intensiva, contra esta política extrativista que usa a narrativa de que o lítio vai salvar o ambiente”, justificando deste modo “atentados ambientais” que ameaçam todo o território” e a pretensão de explorar outros minérios. “Esta não é a transição energética que queremos”, sublinhou.
A candidata não deixou de fora a questão da floresta, sendo alguns dos concelhos do distrito de Viseu dos mais afetados pelos incêndios de 2017. “Queremos uma gestão florestal que defenda a biodiversidade e que priorize este princípio em todas as decisões tomadas para o nosso território e acabar de vez com as monoculturas de eucalipto que, depois dos trágicos incêndios de 2017, se intensificaram”,
Outro dos assuntos abordados por Manuela Antunes foi a necessidade de garantir serviços públicos de qualidade e de proximidade, “queremos devolver os serviços roubados e garantir qualidade de vida a toda a população”, assim como “queremos um SNS cada vez mais forte e que o seu acesso não seja dificultado por falta de investimento”.
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