O setor imobiliário é um dos que mais está a resistir aos efeitos da pandemia da covid-19, segundo o jornal Público(link is external), que cita dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Estes dados apontam para um aumento de 10,5% em todo o território nacional, mas é o interior do país que mais tem sofrido com este crescimento de preços. Lisboa é a exceção, onde as rendas já caíram 5%.
O valor mediano das rendas colocou-se nos 6,08 euros por metro quadrados no terceiro trimestre de 2021, o que representa uma subida de 7,4% face ao período homólogo do ano passado.
Um dos principais motivos para este aumento é a pouca oferta para dar resposta à procura, ao que se junta a rentabilidade atrativa da habitação enquanto investimento e o facto da pandemia ter contribuído para a volatilidade dos mercados bolsistas.
Os maiores aumentos são no interior do país, enquanto em Lisboa houve uma queda de 5,5%
A região de Viseu-Dão-Lafões registou um aumento de 12,3% desde o início da pandemia e as regiões do Ave, Alto Minho, Alto Tâmega, Terras de Trás-os-Montes, Coimbra, Médio Tejo e Alentejo Central tiveram um aumento de 10%.
O valor mediano das rendas em Lisboa, no terceiro trimestre deste ano, era de 11,44 euros por metro quadrado, o que corresponde a uma variação de 0,1% face ao período homólogo do ano passado, mas uma quebra de 5,5% em relação ao primeiro trimestre de 2020.
No Porto, a renda mediana colocou-se nos 9,03 euros por metro quadrado, uma subida de 3,7% face ao terceiro trimestre do ano de 2020.
Artigo publicado por Esquerda.net a 23 de dezembro de 2021