Catarina Martins encontrou-se no passado dia 10 com a Caravana da Justiça Climática(link is external) em Cernache do Bonjardim, Sertã. A caravana esteve a percorrer “as linhas da frente da crise climática” em Portugal, entre o dia 2 e 16 de abril, e debate com a população de mais de 30 localidades. Os relatos da caravana podem ser seguidos em https://www.caravanaclima.pt/(link is external)
Questionada porque estava a participar nesta ação, Catarina Martins apontou duas razões, a primeira “por solidariedade e para dar visibilidade a este grande trabalho que está ser feito por quem não desiste de lutar pela Justiça Climática”.
Em segundo lugar, por a caravana estar na zona do Pinhal Interior, onde ocorreram os terríveis incêndios de 2017, com territórios ao abandono, para salientar que “as alternativas climáticas são agora”, e “por isso me junto à Caravana da Justiça Climática”, apontou Catarina Martins.
A coordenadora do Bloco de Esquerda lembrou “que depois dos incêndios de 2017, no parlamento, foi passada legislação e o Bloco empenhou-se muito nisso, para que houvesse investimento no território, numa nova floresta. Bem, houve observatórios sobre os incêndios, os cientistas deram as suas recomendações, mas depois das leis do parlamento e das recomendações dos cientistas ficou tudo na gaveta. O investimento nunca chegou”, criticou.
E para onde vai o dinheiro?
A coordenadora do Bloco questionou então “para onde vai o dinheiro”, sublinhando que é bom que em Portugal as pessoas saibam.
“O dinheiro que existe para investir no território, no desenvolvimento rural, na floresta, está a ir todo para os latifundiários”, denunciou Catarina Martins, salientando que, “agora que vai começar um novo quadro da política agrícola comum, o governo tinha a intenção, ainda antes das eleições, de voltar a fazer o mesmo. Escrevia umas coisas muito bonitas sobre clima e coisas biológicas e no fim, o dinheiro era entregue, outra vez, aos latifundiários”.
O dinheiro que existe para investir no território, no desenvolvimento rural, na floresta, está a ir todo para os latifundiários”, denunciou Catarina Martins, salientando que, “agora que vai começar um novo quadro da política agrícola comum, o governo tinha a intenção, ainda antes das eleições, de voltar a fazer o mesmo. Escrevia umas coisas muito bonitas sobre clima e coisas biológicas e no fim, o dinheiro era entregue, outra vez, aos latifundiários”.
Artigo: Esquerda.net