Precários da Resíduos do Nordeste em greve à recolha do lixo

A adesão à greve ronda os 99% do total dos trabalhadores da Multitrab, que prestam serviço à empresa intermunicipal Resíduos do Nordeste e que são meia centena no seu total e que reclamam o fim dos contratos de trabalho precário”, disse à Lusa Cristina Torres, membro da direção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).

A greve à recolha do lixo por parte destes trabalhadores dura até dia 31, que é também o último dia da atual concessão por parte da Resíduos do Nordeste, que abrange os municípios de Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais, no distrito de Bragança e Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda.

Estes trabalhadores querem ver assegurada a sua entrada nos quadros da empresa “por forma a garantir a manutenção dos seus postos de trabalho após o fim da concessão, que termina no próximo dia 31 dezembro”, acrescenta a sindicalista. Outras reivindicações são “o aumento geral dos salários e de todas as prestações pecuniárias para todos os trabalhadores em 10%, no mínimo de 100 euros, para repor o poder de compra perdido nos últimos anos e a atualização da retribuição base mensal mínima na empresa para 850 euros mensais e o pagamento do subsídio de refeição para o valor de nove euros por dia”.

“Há trabalhadores que estão há mais de 20 anos com contratos precários. Agora, é necessário que os municípios que integram a Resíduos no Nordeste se organizem para que os trabalhadores passem para os quadros da empresa intermunicipal e acabar com precariedade laboral”, sublinhou Cristina Torres.

O sindicato diz que tem procurado uma solução que ponha fim à “perpetuação” da precariedade laboral. “Mas a administração, contrariando as expectativas criadas de que os trabalhadores seriam, finalmente, integrados nos seus quadros, há meses que vem adiando esta justa medida, continuando a não se comprometer com uma data concreta, o que os trabalhadores e o STAL consideram inaceitável”. O que torna a situação ainda mais inaceitável, no entender do sindicato, é o facto de esta não se tratar de uma empresa privada, mas sim de uma empresa intermunicipal, pelo que “a responsabilidade social tem um valor acrescido”, aponta o STAL.

Artigo do esquerda.net

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