Após queixas constantes dos moradores, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda enviou três requerimentos (Câmara Municipal do Fundão, DGEG e CCDR-C) a solicitar o estudo de ruído ambiente na envolvente da Central de Biomassa do Fundão. Os resultados do estudo pedido pela Câmara já são conhecidos.
Nos relatórios da empresa contratada pela Câmara, ECO14, é possível verificar variações de 19 valores de incomobilidade entre o ruído em laboração e o ruído residual. Legalmente estes valores não podem ser superiores a 5 durante o dia, 4 no fim de tarde e 3 durante a noite.
A Câmara enviou os dados à Central de Biomassa do Fundão, que alegaram que os registos de ruído residual foram feitos durante o período de confinamento, justificando o facto de os valores serem tão baixos.
A ECO14 efetuou nova avaliação da incomodidade utilizando como ruído residual os dados do relatório da Central, mas mesmo nesse caso os valores estão em incumprimento da lei. Neste seguimento, a Câmara irá estabelecer um prazo de 90 dias para que seja solucionada a situação do ruído.
O relatório do ruído feito pela empresa contratada pela construtora da obra da Central, feito pela Sonometria, também levanta dúvidas. Os primeiros registos eram de valores que ficavam acima do permitido por lei, tendo sido feitos novos registos que concluíram a conformidade da obra, requisito para que a mesma fosse entregue pela construtora.
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