O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Viseu acusa o grupo Aquinos de impor férias aos trabalhadores de forma ilegal. A empresa de fabrico de sofás e colchões com sede em Tábua, conta com fábricas em Nelas e Carregal do Sal.
O sindicalista Luís Almeida, em declarações ao Jornal do Centro, diz que “a empresa decidiu que, com a crise, quem deveria pagá-la seriam os trabalhadores. Marcaram férias cinco dias em março. Os trabalhadores não queriam tirar nessa altura. Tiveram um ‘lay-off’. Agora, o diretor-geral quer começar a cortar em tudo”.
Ainda segundo Luís Almeida, os trabalhadores da Aquinos denunciam que trabalham mais horas, recebendo o mesmo salário, e que o mapa de férias está a ser reformulado sem o seu consentimento. “As pessoas que trabalhavam das 6h30 até às 14h00 vão passar a trabalhar das 6h00 até às 14h30 e não ganham mais nada por isso. Os trabalhadores que trabalhavam das 14h00 às 22h00 vão começar às 14h30 e terminar às 23h00. Vão trabalhar mais meia-hora. As férias já estavam marcadas e, agora, anularam as anteriores datas e puseram novas”.
Sobre as férias, explica: “há um grupo de trabalhadores que vai na primeira quinzena de setembro e outro vai na segunda. Outro vai na primeira quinzena de outubro e mais um entra na segunda. Há trabalhadores sem nenhum dia à sua escolha.”
O Sindicato irá reunir hoje com os trabalhadores para apurar a situação.