A Plataforma Já Marchavas assinala o Dia Internacional dos Direitos Humanos em Viseu, com uma instalação no Rossio, apesar dos planos iniciais terem sido frustrados. Um memorial instalado no local no dia 25 de novembro, em homenagem às 30 mulheres assassinadas em Portugal até à data, foi removido pela Câmara Municipal de Viseu na manhã do dia 26, apesar de ser suposto manter-se no local até 10 de dezembro.
“O exercício de alguns dos mais básicos Direitos Humanos consagrados na Declaração nos foram negados e não nos vai ser possível assinalar o dia como inicialmente imaginámos”, pode ler-se no manifesto da Plataforma Já Marchavas, onde é explicado de seguida que “a instalação denominada de “O Estendal” colocada às 18h do dia 25 de novembro no Rossio foi retirada pelo Município de Viseu na manhã do dia 26 sem qualquer comunicação prévia, não nos permitindo cumprir os 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.”
Neste seguimento, a Plataforma relembra “que os Direitos das Mulheres são Direitos Humanos e que a Câmara Municipal de Viseu silenciou e vitimizou duplamente aquelas 30 mulheres a quem já tudo lhes tinha sido retirado, inclusive a VIDA”, explica a Plataforma Já Marchavas.”
Perante a impossibilidade de cumprir os planos originais, a Plataforma Já Marchavas, “como forma de homenagear o documento fundamental relativo aos Direitos Humanos”, colocará no Rossio (Praça da República), às 14H00 do dia 10 de dezembro, “uma nova instalação que não vai permitir que nenhuma violação aos direitos humanos seja esquecida.”
Com o objetivo de “reunir esforços para o objetivo comum: contribuir para uma melhor qualidade de vida e cidadania, construindo Viseu como a melhor cidade para viver”, a Plataforma Já Marchavas informa ainda que requereu ao Presidente da Câmara Municipal de Viseu uma audiência, “manifestando interesse e receptividade em dialogar com o Município”.
Câmara Municipal de Viseu retira memorial pelas mulheres assassinadas