25 de Abril: Liberdade com mais pobreza e austeridade? E onde fica o combate à corrupção?

Cravos Vermelhos (2)
Foto por Autor Anónimo

Passados 47 anos da Revolução dos Cravos ainda continuamos a ver tiques bolorentos, resquícios do passado, ideias recicladas de um tempo que não lembra a ninguém. Passados 47 anos ainda falta muito por fazer, sobretudo no campo da corrupção e da desigualdade social.

Faltam leis objetivas e claras no campo da justiça, mas também falta responsabilidade ao Centrão dos Interesses (PS, PSD e CDS). Porquê? Porque são eles que governam os destinos do país desde há 47 anos. É preciso responsabilizar quem verdadeiramente tem culpa.

Criminalizar o enriquecimento ilícito é extremamente necessário, não só nos cargos políticos e públicos.

O 25 de Abril é de todas e todos os cidadãos que se revejam na causa da liberdade, essa liberdade que foi conquistada. Há ainda uma democracia por cumprir, já que ela está açaimada e vigiada, presa e controlada.

Com a pandemia, tem vindo à superfície o ódio à liberdade. Os tempos que vivemos mostram, mais uma vez, a importância decisiva de serviços públicos de qualidade.

Com a pandemia, a desigualdade social que perdura pelo país veio à tona e os que mais sofrem são sempre os mesmos: Trabalhadores precários, informais, jovens trabalhadores, entre outros. Atualmente, quem trabalha vive na pobreza e isso é completamente insustentável num Estado de bem-estar social. Destroikar as leis laborais é imprescindível, mas o Centro dos Interesses nem pensa nisso.

A Constituição nascida com o 25 de Abril, mostra-nos que a paz, o pão, a habitação e a democracia só se conseguem concretizar com um papel mais ativo do mundo do trabalho, dos serviços públicos e obviamente da democracia local.

O 25 de abril precisa de ser tanto festejado como enaltecido, num momento em que as democracias se fragilizam e em que tempos difíceis se avizinham.

Em estado de emergência, a liberdade e os restantes direitos dos cidadãos tendem a ser atacados, mas nem por isso a “educação para os direitos humanos” deixa de ser essencial.

Esta comemoração não serve só para assinalar o 25 de abril inscrito na história – a ação militar desencadeada pelos capitães de Abril que fez ruir a ditadura do Estado Novo, trouxe o fim da PIDE, da censura e da guerra colonial, devolveu a liberdade aos presos políticos, permitiu que fosse a vontade popular a eleger o parlamento e o poder local.

Estamos hoje aqui por um abril contra a opressão e contra o ódio. Por um abril que garanta direitos e igualdade!

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