Vila Flor: A abertura não tarda na estação que nunca podia ter fechado. A luta compensou!

No final do mês de setembro de 2018, surgiam rumores de um eventual encerramento da estação dos CTT em Vila Flor (como em outros 32 concelhos pelo país fora). Após a confirmação da notícia, o Bloco de Esquerda em Vila Flor avançou para a criação de uma petição no dia 5 de outubro que teve uma enorme adesão e empenho por parte dos vilaflorenses.

Seria uma batalha dura, e todos e todas tinham que se empenhar. Fomos uma força construtiva que se tentou juntar a quem “viesse por bem” e apoiamos as decisões que consideramos acertadas no que diz respeito à providência cautelar imposta pelo Município de Vila Flor, subscrita posteriormente por outros 7 municípios da CIM Terras de Trás-os-Montes.

Num concelho como Vila Flor ou tantos outros, com menos de 10000 habitantes e uma população maioritariamente idosa, fechar a única estação dos CTT só poderia ser uma piada de mau gosto, uma aberração. O que é certo é que numa certa manhã, os vilaflorenses acordaram com o que parecia ser impossível, uma estação dos CTT fechada e substituída por um posto dos CTT a cerca de 1 quilómetro do centro da Vila num espaço comercial.

Finalmente, e volvido quase um ano, a administração dos CTT anuncia que nenhum Concelho será privado de estação dos CTT e que nos casos em que chegou a encerrar serão reabertas.

Acho que todos percebemos a estratégia, mas sinceramente essa não me chateia desde que sejam acautelados os interesses das populações. Os CTT fazem neste momento da sua entidade bancária o maior cavalo de batalha. É certo que o atraso na entrega de cartas e os fechos atrás de fechos de estações um pouco por todo o país não atrai clientes para o dito Banco. Nesse sentido, a administração dá esta no cravo, depois de dar várias na ferradura e acaba por decidir reabrir, como se estivessem imensamente preocupados com o interior e com os Concelhos que perderam as estações.

Mas, como o facto de reabrir suplanta as razões do parágrafo anterior, podem apagá-lo da vossa memória, pois a reabertura compensa as razões invocadas!

E agora, ala que se faz tarde! Reabram pelo menos com a mesma rapidez que a fecharam!

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Jóni Ledo, de 32 anos, é natural de Valtorno, concelho de Vila Flor. É licenciado em Psicologia pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, instituição onde também concluiu o Mestrado em Psicologia da Educação. Frequenta atualmente o 3ºano da Licenciatura em Economia na mesma instituição. Foi Deputado na Assembleia Municipal de Vila Flor pelo BE entre 2009 e 2021. É ativista na Catarse | Movimento Social e cronista no Interior do Avesso. É atualmente dirigente distrital e nacional do Bloco de Esquerda. É atualmente estudante de Doutoramento em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade da Beira Interior.

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