Luís Vila Real, presidente da Associação dos Floricultores e Olivicultores do Planalto de Ansiães, refere que: “Desta vez com uma intensidade fora do normal aqui no concelho de Carrazeda de Ansiães, que afetou seguramente cerca de 90% da área, e com prejuízos bastante avultados, comprometeu a produção do ano e implica uma perda bastante acentuada do rendimento dos agricultores, o que no atual cenário torna as coisas ainda mais difícil. Se pensarmos no aumento do preço das matérias-primas, as pessoas contam com as produções para fazer face a essas despesas, quando já estão comprometidas no início da campanha tornam as coisas extremamente difíceis para toda a gente”.
Com as atuais alterações climáticas em curso prevê-se um crescimento substancial do número de eventos meteorológicos extremos, em especial para o contexto português, pois o clima mediterrânico é suscetível a este tipo de eventos e Portugal é considerado a nível internacional um hotspot das alterações climáticas.
O Bloco de Esquerda considera essencial que o Governo tome medidas que promovam a diversificação dos sistemas de produção agrícola, apoiando os agricultores na transição ecológica das duas explorações e na valorização dos seus produtos, garantindo desta forma maior resiliência às alterações climáticas, do ponto de vista ecológico, social e económico. O apoio aos produtores é fundamental para os auxiliar numa altura em que os custos de produção agravaram-se imenso.
Os/as deputados/as do Bloco querem saber se o Ministério da Agricultura e da Alimentação já realizou algum levantamento dos impactos e prejuízos no sector agrícola decorrentes dos eventos meteorológicos acima descritos e que medidas prevê o Governo adotar para responder às dificuldades dos produtores afetados.