Casal criou aldeia medieval em Valpaços depois de ficar sem feiras e trabalho

Covil do Lobo
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Foto por Covil do Lobo
As feiras medievais foram canceladas com a pandemia. Sem trabalhar há um ano, um casal abriu o parque temático “Covil do Lobo”, em Valpaços, onde é possível fazer uma viagem pela história até à época galaico romana.

Francisco e Susana Esteves recrearam uma aldeia medieval rodeada por uma cerca de madeira, segundo notícia da Lusa. Na aldeia encontram-se as oficinas do carpinteiro ou do ferreiro, um campo de areia para os torneios, jogos e armamento, por exemplo. No total, o parque do “Covil do Lobo” estende-se ao longo de um hectare, numa das entradas na cidade de Valpaços, distrito de Vila Real.

Os recriadores históricos ou animadores turísticos que dão vida ao parque participavam em cerca de 60 eventos anuais, vestindo trajes da época medieval e recriando ofícios, usos e costumes de então. Mas “há um ano veio o ‘bichinho’ [SARS-CoV-2, que provoca a covid-19] e o ‘bichinho’ manda e, por causa disso, tivemos que reinventar o nosso trabalho”, afirmou Francisco Esteves à Lusa.

À conta da pandemia, as feiras e certames foram cancelados, ainda sem perspetivas de retoma. A covid-19 acabou assim por ser o empurrão para o casal concretizar a ideia do parque que já tinha há uns tempos. “Tivemos que nos reinventar para continuarmos a fazer aquilo que gostamos de fazer”, salientou.

Susana Esteves contou à Lusa que se recusaram a ficar parados, investiram as poupanças que tinham e avançaram no projeto de “criar um espaço físico para trazer as pessoas”. “O que fazíamos nas feiras, fazemos agora aqui, num espaço seguro e ao ar livre”, destacou.

A aldeia abriu portas em abril. Para já, funciona aos fins-de-semana e durante a semana com marcação, sendo neste momento o conteúdo mais expositivo. A responsável apresenta como objetivo levar as pessoas “numa viagem ao passado” para que também conheçam um pouco a história dos povos que construíram Portugal.

“Estamos, neste momento, a 10% do que vai ser o parque”, salientou ainda Francisco Esteves à Lusa. Pretendem aumentar as atividades, realizar espetáculos e também proporcionar, segundo Susana, o “dia experiência”, em que os visitantes podem vestir as roupas antigas e trabalhar como ferreiro ou carpinteiro, por exemplo. Mais tarde, perspetivam ter oficinas de tecelagem, olaria, de corda e de curtidor de couro.

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