A intersindical garante discursos em 23 localidades, mas não apela à participação. Bloco de Esquerda promove ciclo de cinema insubmisso, o Desobedoc, com cinco curtas metragens para ver em casa.
Citada pela Agência Lusa, Ana Pires, da Comissão Executiva da intersindical CGTP, afirma que “este ano não fazemos um apelo de participação à população em geral, as nossa estruturas estão a mobilizar de forma muito dirigida, porque temos de garantir o distanciamento de segurança”, referindo-se às comemorações do 1º de Maio, na sequência de uma reunião com a PSP a respeito das medidas de prevenção a tomar no âmbito da pandemia Covid-19.
Preveem-se discursos em “jardins, largos e grandes avenidas”, em Lisboa, no Porto e em mais 21 localidades. Segundo a Agência Lusa, “a ideia é que sejam os dirigentes e ativistas sindicais a vir para a rua, em representação de todos os trabalhadores, para afirmar as suas reivindicações”. “A Intersindical assegurou que não vão realizar-se desfiles ou concentrações nesta data”.
“O objetivo é ter pessoas nos locais escolhidos para assinalar uma data tão importante como o Dia do Trabalhador e para chamar a atenção para os atropelos aos direitos dos trabalhadores que têm sido feitos com a desculpa da pandemia”, destacou Ana Pires.
Grupo de conselheiros nacionais da CGTP, afetos ao Bloco de Esquerda, defendeu as celebrações do 1º de maio deste ano
Entretanto, um grupo de conselheiros nacionais da CGTP, afetos ao Bloco de Esquerda, defendeu que as celebrações do 1º de maio deste ano “devem reforçar-se na dimensão simbólica e na presença nas redes sociais”, aproveitando para ensaiar “novos formatos e novas formas de contacto com o conjunto dos trabalhadores e entre estes e as suas organizações representativas”.
Bloco de Esquerda promove ciclo de cinema insubmisso
Para o dia 1 de Maio o Bloco de Esquerda prevê o encerramento do ciclo de cinema insubmisso Desobedoc, que iniciou no dia 25 de Abril e que culminará com 5 curtas metragens e um debate. As curtas iniciam pelas 12h, estando disponíveis até às 0h, para quem as quiser visualizar em casa. O debate ocorrerá pelas 21h30, com transmissão online e com a participação do deputado José Soeiro, da investigadora Maria da Paz Lima e da atriz Cleia Almeida. Será transmitido em direto no portal esquerda.net e no facebook(link is external).
No elenco constam três vídeos de agitação feitos no quadro do MayDay Porto que “retratam com ironia esquemas de precarização como os recibos verdes, o trabalho temporário ou a empresarialização dos indivíduos e as respetivas narrativas empreendedoras de legitimação. Um outro documentário transporta-nos para o início do século e para as imagens do trabalho portuário e industrial do Porto de há cem anos. A ficção “Em Branco” mostra-nos o quotidiano desse trabalho invisível e não reconhecido das cuidadoras informais.”
Artigo original do Esquerda.Net, aqui.