A oferta cultural para o mês de abril é diversa e inclui cinema, música, exposições e literatura. Quer Municípios, escolas, Teatros e Cineclubes associam-se às comemorações dos 50 anos do 25 de Abril com programação especial dedicada à Revolução, para refletir sobre o antes e o depois de 1974. Alguns destes eventos integram oficialmente a agenda de iniciativas da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril.
Distrito de Bragança
O Município de Bragança organiza uma exposição de livros proibidos pela Direção dos Serviços de Censura, intitulada de “Proíbido”, a decorrer de 8 a 30 de abril.
No dia 18 de abril, em Mirandela, no Auditório Municipal, será exibido o documentário “Novíssimas Cartas Portuguesas” (2022), que foi um dos 45 projetos apoiados pelo programa «Arte pela Democracia», uma iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril em parceria com a Direção-Geral das Artes.
Distrito de Castelo Branco
Durante todo o mês de abril, o Município da Sertã vai promover um programa de comemorações evocativo dos 50 anos do 25 de Abril. No dia 19 de abril o Cineteatro Tasso do Clube da Sertã vai ser palco das “Conversas da Liberdade”. “O jornalista Rui Lopes irá moderar a conversa com personalidades que tiveram um papel ativo no 25 de Abril de 1974 e nos tempos que se lhe seguiram.”
Será depois exibido o filme “Revolução (sem) Sangue”, que estreia nas salas de cinema nacionais a 11 de abril. O filme de Rui Pedro Sousa, protagonizado por Lucas Dutra, Rafael Paes, Helena Caldeira, Diogo Fernandes e Manuel Nabais, baseia-se em factos reais para contar e acompanhar a história de quatro jovens nos últimos dias do regime ditatorial, o que determinou o fim precoce das suas vidas.
Também o Cineclube da Gardunha, no Fundão, junta-se às comemorações dos 50 anos da Revolução com a exibição de três filmes: “Jaime” (1974), de António Reis + “Torre Bela” (1975), de Thomas Harlan, ambos no dia 9 de abril; e “48” (2010), que contará com a presença da realizadora Susana Sousa Dias, no dia 16 de abril.
Para o dia 24 de abril, o Centro Cultural de Alcains propõe um concerto acústico e intimista de Luís Galrito, que irá cantar canções de Abril: “propõe-se homenagear a MPP – Música Popular Portuguesa com canções memoráveis e intemporais da nossa música popular e tradicional”.
No dia seguinte, a 25 de abril, no Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco, há concerto de Carlos Alberto Moniz, que sobe ao palco “com as canções da nossa memória e as histórias vividas NA PRIMEIRA PESSOA.”
Distrito da Guarda
O Cineclube da Guarda apresenta o ciclo de cinema 50 anos 25 Abril, com três obras do cinema português: “Elas Também Estiveram Lá” (2021), de Joana Craveiro, a 2 de abril; “O Que Podem as Palavras” (2022), de Luísa Sequeira e Luísa Marinho, a 17 de abril; e “Outro País” (1999), de Sérgio Tréfaut, a 30 de abril.
De 23 de abril a 29 de junho decorrerá uma mostra de livros, “Leituras Censuradas (Os Livros que não podiam ser lidos), na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço.
A 24 de abril é inaugurada a exposição “Testemunhos de Abril”, organizada pelo grupo de professores de História da Escola Secundária da Sé. “A Exposição reunirá materiais cedidos e tratados pelos alunos sob a orientação dos respetivos professores: testemunhos, roupas, fotografias, jornais, livros e objetos da época que assistiu à Revolução dos Cravos.”
No dia da Revolução, o músico Luís Represas assinala o 50.º aniversário do 25 de Abril e o 19.º aniversário do Teatro Municipal da Guarda com um concerto comemorativo.
Distrito de Vila Real
No dia 19 está previsto o lançamento do livro, “Era Abril e Estive Lá”, da autoria de António Francisco Caseiro Marques, no Arquivo Distrital de Vila Real. No mesmo dia é inaugurada a exposição com o mesmo nome, uma “mostra de seleção de documentos alusivos à temática do 25 de abril, pertencentes a António Francisco Caseiro Marques.”
No dia 25, na Escola Profissional de Murça, é inaugurada a exposição “Igualdade + Liberdade | 50 anos de democracia em Portugal”, em que “os/as alunos/as de Fotografia, da Escola Profissional de Murça, assumem o papel de testemunhas das últimas cinco décadas de democracia no país. A democracia, conquistada há meio século, é o centro desta reflexão visual.”
Distrito de Viseu
Nos dias 19 e 20 de abril, o Teatro Viriato apresenta o novo espectáculo de Sara Barros Leitão, “Guião para um país possível”, criado a partir destes registos, para contar os últimos cinquenta anos da nossa democracia.
No dia véspera da Revolução, a 24 de abril, o Teatro Viriato apresenta #PRECÁRIAS – 2.º Festival de Performance, que acontece no espaço Carmo 81. “Idealizado e concebido pela artista Tita Maravilha. Ativista híbrida inventora de universos. Mulher travesti brasileira ou a lenda da garota Pau Brasil. Atriz, cantora, performer, palhaça e DJ.”
“Este é um projeto de criação intercultural e comunitário, focado em determinados corpos-identidades, nomeadamente, pessoas trans, queer, não-binárias, mulheridades e pessoas racializadas, e que se dedica à criação de narrativas alternativas que potencializam a performance contemporânea, com modus operandi na alçada da precariedade destas histórias em transformação. Em Viseu, o festival conta com a participação de Herlander, Carolina Varela e Cigarra.”
Também o Cine Clube de Viseu propõe um programa especial para os 50 anos da Revolução de 1974, com a exibição de três filmes: “Outro País” (1999), de Sérgio Tréfaut + “Revolução” (1975), de Ana Hatherly, ambos no dia 18 de abril; e a estreia de “Primeira Obra” (2024), o novo filme de Rui Simões, que estará presente na sessão do dia 24 de abril.