“Relatos angustiantes do que está a acontecer na imprensa regional” diz estar a receber nas últimas semanas o Sindicato dos Jornalistas “e, por isso, considera urgente apoiar o sector”.
Este sindicato considera urgente “criar medidas de apoio, quer ao nível do Governo, quer das autarquias”, para garantir a sobrevivência de jornais e rádios locais devido à declaração do estado de emergência.
Segundo esta organização “não se trata apenas de um problema laboral, com centenas ou milhares de jornalistas a caminhar para o desemprego, a seguir a um eventual lay-off”, porque “a maioria dos assinantes da imprensa local e regional cabe na população envelhecida de cada região, que assim ficará ainda mais isolada da realidade que a circunda”.
E dizem, “a maioria dos jornais locais e regionais vivia, há muitos anos, no fio da navalha, mas a pandemia e o estado de emergência aceleraram a queda, que foi brusca e rápida: uma boa parte dos títulos suspendeu já a publicação”.
O sindicato defende ainda que “é urgente fazer cumprir a lei da publicidade institucional”, fazendo-a chegar aos órgãos de comunicação social regionais porque muitos deles sobrevivem de publicidade (a cargo, sobretudo, do comércio), assinaturas e vendas em banca.