Covid: Falta de pessoal compromete rastreamento

Centro de vacinação Covid-19
Centro de vacinação Covid-19

A capacidade de rastreio de contactos de pessoas infetadas com covid-19 está no nível mais baixo desde abril. 42% da população está vacinada, mas os testes gratuitos anunciados pelo Governo não chegam a toda a gente. Por Esquerda.net

Apesar de o número de profissionais ter aumentado, na última semana de junho só foi possível rastrear 74% dos contactos de infetados. É o nível mais baixo desde o início de abril, quando começaram a ser divulgados os dados semanais dos rastreios aos contactos de infetados com covid-19. Na altura, essa percentagem foi de 91.5%.

Segundo a notícia do Público, esta queda na capacidade de rastreio explica-se com o aumento do número de casos, mas também pela falta de profissionais em número suficiente para darem resposta à tarefa de contactar as pessoas e encaminhá-las para isolamento, impedindo assim a propagação do vírus.

Ouvido pelo jornal, o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública diz que “os recursos que tardiamente foram mobilizados no início do ano foram desmobilizados, e bem, quando a situação acalmou, mas perante este aumento de número de casos era fundamental que uma nova mobilização se fizesse de forma mais ágil”. Para Ricardo Mexia, “apesar de haver algum reforço de meios, se aumentar muito a incidência, não conseguimos cumprir”.

O relatório semanal da Direção Geral de Saúde indicava na terça-feira que mais de 4.3 milhões de pessoas já têm a vacinação completa, o que corresponde a 42% da população residente em Portugal. As regiões do Alentejo e do Centro são as que vacinaram uma fatia maior dos residentes, com 49% e 46%, respetivamente. Abaixo da média estão o Algarve e Lisboa e Vale do Tejo, com 40% da população com vacinação completa.

Segundo os dados divulgados pela agência Lusa, o processo de vacinação está concluído para 95% das pessoas com mais de 80 anos, 88% entre os 65 e os 79 anos e 71% entre os 50 e os 64 anos. A ilustrar a proteção que a vacina oferece contra a doença, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou esta semana que até ao momento se registam casos de infeção em apenas 0.1% das pessoas que tiveram vacinação completa.

Sistema informático não permite registar testes gratuitos nas farmácias

Entretanto, a gratuitidade dos testes rápidos de antigénio que o Governo anunciou para ter início a 1 de julho está a ser comprometida por um problema informático. As farmácias queixam-se que o sistema de faturação as impede de registar as vendas com comparticipação a 100%, noticia o jornal Expresso.

Ante esta dificuldade, a atitude das 189 farmácias aderentes divide-se: há as que continuam a cobrar o preço do teste, que varia entre os 15 e os 30 euros; as que confiam que serão reembolsadas e disponibilizam o teste gratuitamente; e as que já decidiram abandonar a lista de aderentes.

Para ter acesso a um máximo de quatro testes rápidos de antigénio gratuitos nas farmácias, o utente tem de ser maior de 12 anos, não ter vacinação completa contra a covid-19 nem ter estado infetado nos últimos 180 dias. As farmácias que disponibilizam testes gratuitos apesar de não conseguirem registá-los no sistema estão a guardar as declarações de honra que os utentes assinam para receber o teste.

 

Publicado por Esquerda.net a 14 de julho de 2021

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