Sindicato exige aumentos salariais para os trabalhadores da Randstad nas Telecomunicações

Teletrabalho
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Num momento em que a Randstad e as Operadores de comunicações e telecomunicações continuam a aumentar os lucros e as vendas, a que se somam menores despesas por os trabalhadores estarem em teletrabalho, SNTCT exige “aumentos salariais, já!”

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) expõe que estas empresas, mesmo em época de pandemia, “colocando os trabalhadores em teletrabalho, poupam na manutenção, na conservação, na limpeza, na desinfestação, na electricidade e na água”, mas mesmo assim “continuam a “chorar” e a afirmar não ter condições para aumentar salários.”

Nesse sentido, exigem aumentos salariais imediatos, mas também a melhoria das condições de trabalho e a integração nas empresas/operadores, “quando mais que nunca, se torna visível a necessidade que os operadores têm do serviço prestado nos call centers”. Para tal, depois de várias reuniões, dizem que “cabe agora a palavra aos trabalhadores”.

Este é o estado atual de um processo que começou em fevereiro, quando o SNTCT enviou à administração da Randstad, empresa de trabalho temporário, uma proposta de aumentos salariais para 2020. A proposta referia aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores desta empresa no sector das comunicações e telecomunicações.

Entretanto, com a chegada da Covid-19 a Portugal e com as consequentes medidas decretadas pelo Governo e pela DGS, a administração da Randstad declarou lay-off simplificado nalguns serviços e departamentos, colocando a maioria dos restantes trabalhadores em regime de teletrabalho.

Em junho, com o aliviar das restrições, e não tendo obtido até então qualquer tipo de resposta por parte da Randstad, o SNTCT solicitou a mediação de conflitos de trabalho à DGERT – MTSSS (Ministério do trabalho), que marcou reunião para setembro.

Na reunião em causa compareceu o SNTCT e uma representante da Randstad que informou não terem recebido na empresa a proposta do Sindicato. O que foi desmentido com a prova de entrega do registo assinada. Foi então entregue cópia da proposta do sindicato e marcada nova reunião no mesmo mês.

Na nova reunião, as duas representantes presentes da Randstad “afirmaram ter analisado a proposta do Sindicato mas que a situação do País, agravada pelo Covid, não iria permitir que a Randstad procedesse a aumentos salariais e que a preocupação neste momento era a manutenção dos postos de trabalho. O Sindicato afirmou então que não havendo abertura negocial da Randstad, iria solicitar novamente à DGERT a reabertura do processo.”

Nesta reunião, o SNTCT, além de apresentar a proposta inicial, “ainda questionou se em relação aos trabalhadores que estão em teletrabalho, a suportar os custos da Internet, da electricidade e outros para poderem trabalhar, se a Randstad não estaria disponível para procurar uma compensação dos mesmos.”

Perante esta questão, a “empresa respondeu que não, os trabalhadores já estão a ganhar pois não têm custos com transportes para o local de trabalho e têm o desconto normal das operadoras e poderiam procurar junto destas se conseguiriam um desconto maior.”

 

Ver também: 

Os exemplos da Selvajaria no mundo do trabalho

Randstad/Huf suspende contratos durante um mês e trabalhadores ficam sem rendimentos

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