Os trabalhadores dos CTT de Chaves estão em greve parcial. No âmbito desta luta, o SICTEX entregou uma carta a António Costa denunciando a má gestão da atual administração e apelando a que os CTT voltem à esfera pública. Por Esquerda.net
Falta de trabalhadores nas estações de correios, na distribuição e na área de transportes; aumento de agenciamentos a terceiros na distribuição e no atendimento, bem como a falta de condições de trabalho e aumento da precariedade nos vários sectores da empresa são algumas das preocupações do Sindicato Independente dos Correios, Telecomunicações, Transportes e Expresso de Portugal (SICTEX) que constam da carta entregue ao Primeiro-Ministro António Costa, citada pela agência Lusa.
Nesta missiva, a estrutura sindical apela “a uma rápida e estratégica intervenção do Governo, fazendo parte da gestão dos CTT, para que o futuro e o interesse público deste ativo nacional sejam devidamente acautelados”.
O SICTEX considera que a gestão dos CTT deve ser tida em conta na negociação do Orçamento de Estado de 2022 de modo a que seja possível o “retomar do controlo público e da gestão” dos CTT por parte do Estado.
Está “em marcha por parte da administração dos CTT uma diminuição dos postos de trabalho” e há “dificuldades a nível de contratação de pessoas”, afirma Samuel Vieira, dirigente do SICTEX, acrescentando que “a empresa alega que não tem dinheiro para contratar trabalhadores mas teve dinheiro para comprar 8,5 milhões de euros em ações e distribuir pela administração”.
O dirigente sindical acrescentou que, sendo este um problema a nível nacional, não existem pessoas suficientes para ser cumprido um serviço postal universal de qualidade.
Recorde-se que os carteiros de Chaves iniciaram na semana passada uma greve parcial às duas primeiras horas de trabalho, que decorre até 15 de setembro. Lutam por melhores condições de trabalho e pela contratação de mais trabalhadores de modo a que seja possível suprir a sobrecarga de trabalho bem como os atrasos nas entregas de correio. O Bloco de Esquerda endereçou já uma pergunta ao Governo sobre esta situação.
Publicado por Esquerda.net a 8 de setembro de 2021
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