Catarina Martins reuniu com a Comissão de Trabalhadores da PSA de Mangualde e apresentou propostas para proteger os trabalhadores por turnos. Sobre o próximo Orçamento, diz que é importante que o Governo passe “da proclamação de ideias para a concretização de respostas”. Artigo esquerda.net .
Catarina Martins esteve esta segunda-feira, 28 de setembro, em Mangualde, onde reuniu com a Comissão de Trabalhadores da PSA Peugeot Citroen.
Aos trabalhadores e à comunicação social, a coordenadora do Bloco de Esquerda apresentou o projeto de lei para proteger os trabalhadores por turnos em Portugal, que é debatido na Assembleia da República no próximo dia 8, sublinhando que é essencial que a lei garanta que a crise da covid-19 não serve de “desculpa para impor piores horários e piores turnos aos trabalhadores”.
Catarina Martins lembrou que existem 750 mil trabalhadores por turnos em Portugal, entre os quais as pessoas que trabalham na PSA. E considerou que “temos uma realidade que é a de sempre e uma realidade que é nova”.
Há muito que se sabe que os trabalhadores por turnos “têm problemas de saúde acrescidos e têm problemas muito grandes de conciliação com a sua vida familiar” salientou a coordenadora do Bloco. Catarina recordou que “o Bloco de Esquerda vem há muito tempo a lutar para mudar a lei do trabalho por turnos, para garantir o direito ao descanso, aumentar os intervalos entre os turnos, aumentar os dias de férias e os trabalhadores poderem aceder mais cedo à reforma”.
Agora, “há uma condição nova, face à crise que se vive em Portugal: a pressão para os trabalhadores aceitarem condições de turnos e de salários que os prejudicam muito está a aumentar”, indicou.
No caso da PSA, apontou Catarina Martins, “há condições particulares no acordo de empresa que está a ser negociado” e que necessita de “um olhar atento do Governo” no que respeita a casos de trabalhadores que, “muitas vezes, acabam por ser forçados pela empresa a reformarem-se mais cedo do que a idade legal da reforma”.
“Importante que o governo passe da proclamação de ideias para a concretização de respostas”
Questionada pelos jornalistas sobre o novo apoio social proposto pelo Bloco, Catarina Martins esclareceu que o Bloco tem três preocupações sobre emprego e com o desemprego.