Encerramento do Serviço de Neurologia do Hospital Amato Lusitano suscita críticas

Autor: Threeohsix Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.en Link original: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hospital_Amato_Lusitano_again.jpg

A decisão do encerramento do Serviço de Neurologia do Hospital Amato Lusitano (HAL), motivada por falta de médicos da especialidade, foi conhecida a semana passada. O Bloco de Esquerda de Castelo Branco critica esta decisão, afirmando que a perda desta valência “contraria as propostas que sempre defendemos, de reforço do SNS.”

Num momento em que o Governo anuncia o aumento da dotação para o sector da saúde e o reforço da componente de recursos humanos, o Bloco considera “inadmissível assistir a mais uma brecha na capacidade de resposta do SNS.”

Em comunicado, o Bloco de Esquerda defende que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve ser excluído da aplicação da Lei dos Compromissos, sublinhando que “a partir do momento em que o orçamento e plano de actividades anual é homologado pela tutela, as instituições do Serviço Nacional de Saúde não devem ficar dependentes de autorizações para a contratação de profissionais ou para a realização de pequenos investimentos.”

Já em novembro surgiram notícias da falta de profissionais na área de Ginecologia/Obstetrícia nesta mesma unidade de saúde, facto que pode determinar o encerramento da maternidade do HAL. A perda destas valências já era apontada no “Estudo para a Carta Hospitalar – Especialidades de Medicina Interna, Cirurgia Geral, Neurologia, Pediatria, Obstetrícia e Infeciologia” elaborado em 2012 pela ENtidade Reguladora da Saúde a pedido do Ministro da Saúde.

Reforçando o objetivo de um SNS universal, geral, gratuito, público e de qualidade o Bloco de esquerda de Castelo Branco defende que “o aumento do orçamento do SNS tem que ser acompanhado do reforço da capacidade instalada (em consultas, cirurgias ou meios complementares de diagnóstico), mas também no desenvolvimento de novas respostas (com especial atenção para a saúde mental e saúde oral que continuam quase inexistentes no SNS). Deve traduzir-se ainda no aumento de profissionais e num ambicioso plano de investimentos que renove infraestruturas e reponha a tecnologia e os equipamentos necessários nos estabelecimentos do SNS.”

(Escrito por MFS)

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