Os 2500 utentes das oito freguesias servidas pelas extensões de Freixo de Numão e Sequeira estão sem médico de família, depois da baixa do médico que lhes está atribuído, há mais de um ano.
A notícia é adiantada pelo Jornal de Notícias (JN), que falou com Raul Jesus, de 82 anos, morador de Touça, uma das freguesias servidas pela extensão de saúde do Freixo. “Já vai para dois anos que não temos médicos. Sentimo-nos abandonados”, lamentou ao JN, “sou um doente oncológico, um doente crónico, preciso de medicamentos todos os dias e não há maneira de resolverem o problema”.
As freguesias que estão sem médico são Touça, Sedovim, Sebadelhe, Custóias, Horta, Numão, Freixo de Numão e Seixas. A alternativa passa por os utentes se deslocarem a Vila Nova de Foz Côa.
“O médico não se reformou nem se foi embora, portanto não pode ser substituído”, justificou ao JN uma fonte da Unidade de Saúde Local da Guarda (ULS), que faz a gestão do centro de Foz Côa.
A ULS adiantou ao JN que, já com o atual Conselho de Administração, foi proposto à ARS Centro (Administração Regional de Saúde do Centro) a abertura de uma vaga para a contratação de um médico de Medicina Geral e Familiar para Foz Côa. “Aguardamos a conclusão do processo”, conclui a ULS.
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