Encontro Nacional da Rede 8 de Março aconteceu este domingo em Viseu

Foto de José Costa
A Rede 8 de Março é a plataforma que reúne coletivos e ativistas responsáveis pela convocação e organização da Greve Feminista Internacional em Portugal, que no ano passado trouxe cerca de 30 mil pessoas às ruas de várias cidades do país em defesa de direitos e reclamando igualdade.

O Encontro Nacional da Rede 8 de Março teve lugar este domingo, em Viseu, dando continuidade ao trabalho de preparação da greve Feminista Internacional de 2020.

Estiveram reunidas em Viseu várias ativistas feministas, em representação dos diferentes núcleos regionais da Rede 8 de Março. A organização deste encontro coube ao núcleo regional de Viseu. De acordo com esta plataforma, os “encontros nacionais, para além se serem a ferramenta basilar de tomada de decisão desta plataforma, são os momentos de partilha e de estreitamento de relações entre companheiras de todo o país, de elaboração política e de aprofundamento teórico.”

Foi decidido retomar o contacto com o movimento sindical – em 2019 cinco sindicatos convocaram a Greve Feminista -, porque ele é reconhecido pela Rede 8 de Março como parceiro estratégico para o importante debate sobre a reconfiguração do conceito de trabalho, que é uma das propostas da Greve. Apesar de o movimento sindical, em 2019, se ter revelado pouco disponível para o debate, as ativistas feministas acreditam que é preciso insistir, já que sem a consideração do trabalho doméstico e dos cuidados, assim como do trabalho desempenhado no setor informal, o sindicalismo deixa de fora muitas mulheres trabalhadoras, contribuindo para uma visão distorcida dos tempos e dos modos de trabalho, muito dele invisibilizado e não remunerado, que caracterizam o trabalho feminino.

A campanha de crowdfunding de apoio à organização da Greve deste ano está já a decorrer e têm vindo a ser organizadas várias ações pela Rede 8 de Março no caminho para a mobilização de 2020, como o assinalar do dia 25 de Novembro, Dia da Eliminação da Violência contra as Mulheres, do Dia da Desigualdade Salarial ou a realização da performance “O violador és tu” em vários pontos do país.

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