Bloco, PCP, PEV e PS opõem-se à criação do museu em Santa Comba Dão. Alexandra Vieira, deputada do Bloco, refere que seria “trair a memória das milhares de vítimas e dos milhões de portugueses” que viveram durante “uma das mais violentas ditaduras”.
Segundo o Jornal I, a petição contra a criação do Centro Interpretativo do Estado Novo, em Santa Comba Dão, terra do ditador Salazar, é uma “petição de repúdio e exigência de que se trave e abandone a anunciada criação do Museu Salazar”. Foi promovida pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) e afirma que “a criação de um museu em Santa Comba Dão, não será apenas um depósito do espólio do ditador Salazar, mas um centro de conspiração contra a democracia e o Portugal de Abril”.
O projeto da Câmara Municipal de Santa Comba, que prevê um Centro Interpretativo do Estado Novo no Vimieiro, na antiga Escola-cantina Salazar, foi condenado pela esquerda parlamentar, nomeadamente pelo Bloco de Esquerda, PCP, PEV e PS.
Alexandra Vieira, deputada do Bloco, disse que a criação de um museu seria “trair a memória das milhares de vítimas e dos milhões de portugueses” que viveram durante “uma das mais violentas ditaduras”.
A deputada socialista, Rosário Gambôa, que pertence ao mesmo partido que governa em Santa Comba Dão, classificou o projeto como “imprudente”, já que “a nível europeu e a nível nacional assistimos ao florescer de movimentos e ideologias nacionalistas de cariz totalitário”.
António Filipe, pelo PCP, considerou que este projeto “mais não seria do que um local de romagem de saudosistas, invocador de alegadas virtudes de Salazar e do seu regime, branqueador de todo o lastro de repressão, de atraso e de miséria que o salazarismo representou para Portugal” e acrescentou que “o espólio de Salazar digno de estudo está no Arquivo Nacional da Torre do Tombo à disposição dos investigadores”.
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