Fundação Côa Parque avança com disciplina escolar destinada aos alunos do Vale do Côa

Sítio do Fariseu - Vale do Côa
Sítio do Fariseu – Vale do Côa
Foto por Museu do Côa | Facebook
A Fundação Côa Parque está a preparar-se para avançar com uma nova disciplina que pretende abranger os alunos dos vários graus de ensino dos agrupamentos de escolas de cinco concelhos que fazem parte do Vale do Côa (Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda, Pinhel e Torre de Moncorvo).

O anúncio foi feito em declarações à agência Lusa pelo presidente da Fundação Côa Parque, Bruno Navarro. O projeto surge no âmbito do programa de flexibilidade curricular, que permite aos agrupamentos e escolas conteúdos próprios destinados à formação dos alunos.

O nome da disciplina proposta é “O nosso património” e tem como objetivo criar “uma oferta complementar de escolaridade que se prende com a necessidade da disseminação do conhecimento do património histórico, cultural e natural do território, estimulando a consciência identitária das comunidades residentes, nomeadamente nas crianças e jovens que habitam neste território”, explicou o responsável à Lusa.

Neste momento está previsto que o projeto abarque os concelhos de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Pinhel, no distrito da Guarda. A Fundação Côa Parque vai ainda estabelecer contactos com o Agrupamento de Escolas de Torre e Moncorvo, no distrito de Bragança.

Bruno Navarro frisou nas suas declarações à Lusa que “a Fundação Côa Parque é uma entidade que está no território e tem a seu cargo a gestão de áreas classificadas como Patrocínio Património Mundial da Humanidade, como é Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC), achámos que tínhamos de criar uma disciplina ligada ao património deste território”.

A ideia passa por colocar os alunos dos cinco concelhos em contacto com o património cultural e natural, a começar pelo património classificado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), pois, nas palavras de Bruno Navarro, “ninguém defende o que não conhece”.

“Pretende-se, portanto, instigar nos alunos, desde tenra idade, o espírito de pertença e incutir a responsabilidade da salvaguarda, preservação e valorização de todo o património territorial que é o seu legado histórico e desta forma contribuir para a coesão territorial e reforço da cidadania”, sublinhou à Lusa.

 

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