Hoje há greve Geral da Função Pública e uma Manifestação Nacional da Administração Pública. Entre as várias reivindicações está o aumento de 90 euros para toda a função pública, ao invés da proposta do Governo de um aumento de 0,3%. Os efeitos da greve também se fazem sentir no interior, no distrito de Vila Real há 6 escolas encerradas, no distrito de Castelo Branco fecharam 23, em Bragança 6, na Guarda 24 e em Viseu 39. No Centro Hospitalar do Tondela-Viseu os serviços de Anatomia Patológica, Farmácia, Audiologia, análises clínicas e imunohemoterapia têm 100% de adesão por parte dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica e em Vila Real a adesão na saúde ronda os 80% no Hospital de Vila Real e 90% no Hospital de Chaves.
As centrais sindicais, CGTP e UGT, criticam a proposta do Governo que prevê um aumento residual para a função pública, a cifrar-se nos 0,3%. Esta greve e consequente manifestação nacional é marcada neste momento em que se discute na especialidade o Orçamento do Estado, antes da sua votação na globalidade.
Para a Frente Comum, não é admissível aceitar o 11º ano de retrocesso no salário, considerando que um aumento com base na inflação é por si só uma farsa. No Manifesto de convocatória para a Manifestação referem que houve uma redução de 58000 trabalhadores da Administração Pública entre o ano de 2005 e 2018, ao passo que os custos com a habitação, saúde e educação tiveram aumentos significativos.
Indicam ainda que esta “tentativa inaceitável de estagnação e retrocesso também contribuiria de forma negativa para a qualidade dos Serviços Públicos prestados às populações.”
No interior do país, a greve também se faz sentir, nomeadamente em escolas e hospitais. Em Vila Real, algumas escolas estão encerradas aos alunos, como é o caso da escola Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco ou da Escola de S.Pedro. No caso da Escola Monsenhor Jerónimo Do Amaral está mesmo encerrada.
Segundo António Serafim, dirigente sindical, na área da saúde no distrito de Vila Real a adesão é de cerca de 80% no Hospital de Vila Real e 90% no Hospital de Chaves, o que levou ao adiamento de cirurgias em ambos os hospitais.
Por sua vez em Viseu, segundo Célia Rodrigues do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSSDT) no Centro Hospitalar do Tondela-Viseu, a greve dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica ronda os 80%, sendo que Anatomia Patológica, Farmácia, Audiologia, análises clínicas e imunohemoterapia têm 100% de adesão.
Escrito por JL