O MUV (Mobilidade Urbana de Viseu) – serviço público de transportes de Viseu arrancou a 2 abril.
Um início atribulado. Logo no primeiro dia uma viatura (circuito número 1 – Rio de Loba) despistou-se embatendo contra a montra de um talho e 3 viaturas. O motorista, após desacatos com colegas de trabalho, terá sofrido um AVC.
Os desentendimentos entre colegas motoristas estará relacionado com descontentamento face à distribuição de horários que a empresa está a fazer, que coloca em causa os direitos dos trabalhadores. Neste momento há a intenção de avançar para greve, o pré-aviso poderá surgir nos próximos dias.
2 de abril de 2019 seria o culminar de um processo longo que teve início com a decisão de contratação em 2015 e cuja adjudicação da proposta apresentada pela empresa Berrelhas se deu a 20 de fevereiro de 2017. No entremeio, apesar das frequentes intervenções e iniciativas de índole propagandista da Câmara de Viseu, o seu avanço foi travado por processos que colocavam em causa a legitimidade da adjudicação.
Neste momento tudo indica que muito ainda haverá a dizer sobre o MUV. Além do já referido foi aceite uma providência cautelar, com entrada a 28 de março, pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu, que poderá implicar a suspensão da eficácia do contrato firmado entre a Câmara Municipal de Viseu e a Empresa Berrelhas.
A autora é a empresa União de Sátão & Aguiar da Beira, Lda. que justifica a medida pela não apresentação de todos documentos exigidos no ponto 14 do Programa de Procedimento (Documentos de Habilitação), o que implica a caducidade da adjudicação do referido contrato de concessão.
Por isso, a pergunta que fica no ar, MUV: será desta?
(Escrito por CG)