Devido à pandemia da covid-19, o IPV vai sancionar com processos disciplinares os estudantes que se envolvam nas atividades de praxe. Conselho dos Viriatos diz que afinal as atividades de praxe são online.
De acordo com a Lusa, que cita uma mensagem à comunidade académica do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), presidido por João Monney Paiva, vão ser instituídos processos disciplinares contra estudantes que estejam envolvidos em praxes e contenham o símbolo da instituição.
O presidente do IPV relembra que as praxes dentro do estabelecimento estão proibidas desde 2009 e a partir de agora “não serão toleradas quaisquer atividades desta natureza cujos autores ostentem símbolos da instituição, dentro ou fora dela”.
Na nota é referido que os princípios da instituição são orientados “por valores assentes na convivência cidadã, no respeito e na dignidade inviolável do ser humano” e acrescenta que “a presidência do IPV é totalmente contra quaisquer práticas humilhantes, que fazem uso abusivo de uma relação de poder baseada na antiguidade que, para tal, não possui qualquer justificação”.
Acaba por frisar que “estando Portugal em estado de contingência, devido à pandemia por covid-19, o cumprimento rigoroso das orientações da Direção-Geral de Saúde, em articulação com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, determina que a prática de atos que ponham em causa o bom nome da instituição e a saúde da sua comunidade académica será sancionada com processo disciplinar”.
Segundo o Jornal do Centro, o Conselho de Viriato, que tinha decidido anteriormente que as atividades de praxe iam ser presenciais e virtuais. Acaba por decidir que, numa fase inicial, as praxes “apenas se iriam realizar online” e que, no prazo de 15 dias, seria reavaliada a situação. O Conselho de Viriato lamenta que a presidência do IPV tenha uma visão “desfasada” da praxe académica