Mangualde: dúvidas sobre plantação de 5% da área total do concelho e um total de um milhão de árvores a plantar

Anúncio da SONAE para a plantação de 1100 hectares causa dúvidas pela falta de informação existente. Bloco endereça várias perguntas ao município.

Segundo o Bloco, o que “causa perplexidade à candidatura do Bloco de Esquerda é como um investimento desta dimensão, que cobre uma área tão extensa do concelho, consegue passar indiferente à autarquia de Mangualde”, dizem relevando o facto de “não ter sido publicitada uma única menção em relação a este investimento” por parte do município.

O anúncio de Cláudia Azevedo do investimento na maior floresta privada do país, com 1 100 hectares que perfazem aproximadamente 5% da área total do concelho e um total de um milhão de árvores a plantar, é indicado como sendo para compensar o volume de emissões de CO2 libertado pela empresa de transformação da madeira e de produção de energia e basear-se-ia nos critérios de biodiversidade e anti-incêndio, apesar de dizer que seria uma floresta produtiva e de a mesma empresa estar a investir na monocultura do pinheiro.

Perante a falta de transparência e a falta de informação da transformação duma área de tamanha dimensão, levou a candidatura do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal a questionar o Município sobre se já existe licenciamento para a plantação desta floresta e, se a resposta for positiva, que critérios usou a autarquia para aprovar o licenciamento.

Também a localização exacta desta floresta e que espécies de árvores são informações que o movimento pede à autarquia assim como pretende defender o interesse público diante da indústria madeireira e das suas maiores empresas.

Para a candidatura, o compromisso é “subordinar a gestão da floresta ao bem comum e exigir toda a transparência e escrutínio público a este respeito é o compromisso da candidatura do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal de Mangualde” e a “floresta tem que ser pensada em coletivo, juntando os terrenos públicos, privados e baldios numa gestão coletiva que responda às necessidades de preservação da biodiversidade e de uma floresta resiliente às alterações climáticas”.

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