Em comunicado, o Bloco de Esquerda salienta que o seu compromisso “é com a materialização do desígnio constitucional da habitação digna para todas e todos”, considerando que “tendo em conta o anúncio camarário de investimento, enquadrado no plano de estratégia local de habitação, na ordem dos 10 milhões de euros, reiteramos que esta é uma oportunidade única para o município promover e participar ativamente na valorização do parque habitacional público contribuindo, por um lado, para suprir as necessidades habitacionais do concelho, atraindo e fixando famílias, e, por outro lado, ajudando a contrariar os perigos de estigmatização associada à habitação pública e/ou social.”
Defendem que “para isso é preciso que as carências e os problemas que fomos denunciando desde a atribuição dos primeiros apartamentos em programa de arrendamento acessível sejam de facto ultrapassados e que as rendas praticadas pelo IHRU se tornem de facto acessíveis.”
O Bloco considera que é necessário contribuir para agilizar a comunicação entre os inquilinos e o instituto, “suprimindo a distância entre uns e outros e mitigando toda a burocracia envolvente” e “contribuindo também para que o direito à habitação seja de facto universal para lá das condições de recurso económico das cidadãs e cidadãos e das suas mais diversas origens socioeconómicas ou étnicas, bem como independentemente da diversidade de conceções e modelos de família.”
“O Bloco de Esquerda, durante o tempo estipulado para execução do plano de habitação local, de 2022 a 2025, será uma voz ativa e infatigável para garantir que Mangualde seja um concelho pioneiro na habitação como direito cívico incondicional o qual, para se realizar, não deve estar dependente da lógica e dos “humores” do mercado e da especulação imobiliária”, terminam.