Na reação ao anúncio do Presidente da República, Pedro Filipe Soares apontou responsabilidades ao Governo por não ter conseguido negociar um Orçamento “capaz de responder ao país”. Artigo esquerda.net .
Em declarações à imprensa, após a declaração do Presidente da República que decidiu dissolver a Assembleia da República e marcar eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro de 2022, Pedro Filipe Soares referiu que a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa “não era uma inevitabilidade”.
O líder do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda teceu críticas a Marcelo, já que “foi quem, ainda decorria o processo negocial, ameaçou com a existência de eleições antecipadas e foi da parte do Governo, o senhor Primeiro-ministro que não pretendeu ter no processo de negociação do Orçamento do Estado, um Orçamento capaz de responder ao país”.
Para o Bloco, as eleições antecipadas não eram o desejado, pois o partido sempre teve “como vontade garantir um Orçamento que não faltasse ao país neste momento fundamental”, disse Pedro Filipe Soares.
No entanto, o líder parlamentar considera que “nenhum democrata pode ter medo de eleições e por isso estaremos disponíveis para fazer esse percurso garantindo ao país uma certeza, não foi pelo Bloco de Esquerda que houve uma crise para rejeitar o pagamento de pensões, para impedir ou para faltar à garantia que o SNS não fosse um pilar fundamental da vida das pessoas”.
Questionado pelos jornalistas relativamente à data das eleições, Pedro Filipe Soares salientou que “ninguém compreenderá que se faça uma guerra política em torno da data das eleições, se era uma semana depois ou uma semana antes, da parte do Bloco de Esquerda não será de todo essa a nossa intenção”.