O Bloco de Esquerda reuniu, esta terça-feira, com o SPN (Sindicato de Professores do Norte). A comitiva foi recebida pelo dirigente sindical Alexandre Fraguito e contou com a presença da cabeça de lista do Bloco à Assembleia da República pelo distrito de Vila Real, Mariana Falcato Simões.
O SPN é uma associação sindical portuguesa, que representa os educadores de infância, professores dos ensinos básico, secundário e superior, investigadores, técnicos de educação e outros trabalhadores que exerçam funções docentes, técnico-pedagógicas. Durante a manhã a comitiva do Bloco já tinha visitado algumas escolas da cidade de Vila Real e contactado com vários professores que partilharam as suas angústias e queixas em relação aos problemas inerentes a esta profissão, que sentem virem-se a agravar profissão ao longo do tempo.
Na reunião, Alexandre Fraguito fez um resumo dos principais problemas sentidos pela classe dos professores e que no conjunto resultam numa gritante desvalorização da profissão docente, na falta de condições de trabalho, e numa gestão pouco democrática da Escola Pública. Além da reivindicação da recuperação integral do tempo de serviço cumprido nos períodos de congelamento das carreiras, falou-se também das limitações encontradas na progressão da carreira docente e do futuro da Escola Pública em tempos de Municipalização da Educação.
Mariana Falcato Simões considera que o respeito pelo trabalho dos professores deve ser assegurado e que o Bloco de Esquerda nunca teve dúvidas de que lado estava. No processo de recuperação do tempo de serviço, os 6 anos, 6 meses e 23 dias em falta, o Bloco continua do lado dos sindicatos e tudo fará para que seja encontrada uma solução na próxima legislatura.
A candidata referiu ainda que o Bloco sempre se posicionou contra a Municipalização, tanto da Educação, como de outros serviços essenciais como a Saúde. Na próxima legislatura o Bloco irá bater-se pela reversão da municipalização e por um novo modelo de descentralização com base na autonomia das escolas.
O envelhecimento da classe docente foi outro dos temas em debate nesta reunião, quer pelo esforço físico e psicológico que é exigido aos profissionais, como pelo risco que representa para a sustentabilidade da Escola Pública. “Sabe quantos docentes de 1º ciclo têm menos de 30 anos? Dezasseis. E nos próximos dez anos, 40% dos professores no activo irão reformar-se. Com esta perspectiva de futuro, é preciso encontrar estratégias agora, e não quando as escolas já não tiverem professores, como começa a acontecer em algumas disciplinas. O Bloco apresenta já no seu programa eleitoral um Programa Especial de Rejuvenescimento do Corpo Docente, um conjunto de medidas fundamentais para preparar a renovação geracional a uma década.”
(Escrito por JL)